O Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), decidiu cortar nesta quarta-feira, 18, as taxas básicas de juros em 50 pontos base.
Com essa decisão, os juros nos Estados Unidos passarão de um intervalo entre 5,25%-5,50% para um intervalo entre 4,75-5% e 5,25%-5,50%.
O mercado ficou surpreso com o tamanho do corte, pois esperava uma redução menor, de 0,25%, das taxas de juros.
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“É um sinal da nossa confiança”, explicou o presidente Jerome Powell na tradicional coletiva de imprensa que seguiu a decisão.
Federal Reserve revê as previsões para as taxas de juros
O Fed reviu para baixo todas as previsões para as taxas de juros futuras. Para o final do ano, a expectativa é de mais cortes, chegando em um intervalo entre 4,25%-4,50%. E um outro ponto percentual poderá ser cortado em 2025.
Para 2026 está previsto um outro corte, que levaria os juros entre 2,75%-3%, sendo o ponto final deste ciclo, confirmado para 2027.
A decisão de corte de 0,50 pontos percentuais foi tomada por maioria. A diretora Michelle W. Bowman teria preferido um corte de apenas 25 pontos base.
Essa divergência se explica por uma diferente avaliação das condições da economia dos EUA.
Pelo comunicado divulgado logo em seguida, o Fed considerou o abrandamento na criação de novos empregos enquanto a luta contra a inflação “apresenta avanços”, mesmo que continue elevada.
Banco Central americano revê objetivos
Acima de tudo, o Comité de Política Monetária (FOMC) do Fed salientou como “ganhou maior confiança no fato da inflação estar a evoluir de forma sustentável em direção à meta”.
Para o Banco Central dos Estados Unidos, a política monetária já não está atuando apenas para atingir o objetivo de inflação de dois por cento, mas agora também parece querer “apoiar o emprego máximo”.
O presidente do Federal Reserve confirmou, mais uma vez, que as decisões do banco são tomadas na base de em dados e evidências, e sem seguir um percurso pré-estabelecido.