As contas públicas fecharam fevereiro com superávit primário de R$ 3,5 bilhões. O cálculo foi divulgado nesta segunda-feira, 2, pelo Banco Central (BC). O resultado é o melhor para o mês desde 2012, quando o fechamento ficou no azul com R$ 9,5 bilhões.
O valor de fevereiro mantém as contas públicas no positivo depois de um janeiro com o superávit primário de quase R$ 102 bilhões, o maior número mensal de toda a série histórica do BC. Em fevereiro de 2021, houve déficit de cerca de R$ 12 bilhões.
Para chegar ao resultado primário, é feito o cálculo da diferença entre as despesas e as receitas do setor público, desconsiderando o pagamento de juros da dívida pública. O setor público consolidado inclui governos central, estaduais e municipais, bem como empresas públicas, exceto a Petrobras e a Eletrobras.
As estatísticas fiscais divulgadas pelo BC hoje, entretanto, encontram-se defasadas, em razão da greve dos servidores. De acordo com a Agência Brasil, a paralisação atrasou a divulgação de alguns dados e deve ser retomada na terça-feira 3, o que pode também comprometer divulgações futuras.
Contas públicas de fevereiro
Em fevereiro, o resultado positivo foi proporcionado sobretudo pelo superávit de R$ 20 bilhões apresentado por Estados e municípios. As estatais também registraram superávit de R$ 2,5 bilhões. O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência), porém, fechou o mês com déficit de pouco mais de R$ 19 bilhões.
Com o valor de fevereiro, o superávit acumulado no ano chegou a R$ 105 bilhões. Nos últimos 12 meses, as contas estão no azul em R$ 123 bilhões, o equivalente a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o BC.
A dívida bruta do país ficou em 79,2% do PIB, contra 79,5% em janeiro. A dívida líquida foi a 57,1%, ante 56,6% no mês anterior.
Nada como ter um governo honesto.