O fundador e ex-CEO da WeWork, Adam Neumann, está tentando recomprar a locadora de espaços para trabalho coworking. A companhia entrou com pedido de falência em novembro, nos Estados Unidos.
As informações sobre a tentativa de Neumann são agência de notícias Reuters. A nova empresa imobiliária do executivo, a Flow Global, buscou comprar a WeWork ou seus ativos, além de fornecer financiamento para manter a operação da empresa, afirmaram as fontes.
O jornal norte-americano The New York Times foi o primeiro a relatar a questão. A publicação afirmou que os advogados de Neumann enviaram uma carta à WeWork nesta segunda-feira, 5.
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Segundo o jornal, a carta alegava que o fundo de investimentos hedge de Daniel Loeb, o Third Point, ajudaria a financiar essa transação.
Nesta terça-feira, 6, a Third Point informou à Reuters que teve “apenas conversas preliminares” com Neumann e a Flow. O fundo afirma que não realizou nenhum compromisso financeiro com as partes.
Já a WeWork informou que recebe rotineiramente “expressões de interesse [de compra]” e as revisa para se alinhar com os melhores interesses da empresa.
A WeWork enfatizou, em comunicado, sua crença contínua no trabalho que está realizando no momento (de reestruturação, depois de pedir recuperação judicial nos EUA).
Além disso, a empresa destacou que está abordando suas despesas de aluguel insustentáveis e reestruturando seu negócio.
Segundo a WeWork, essas medidas vão garantir que ela esteja melhor posicionada no futuro como uma empresa independente, valiosa, financeiramente forte e sustentável.
WeWork vai precisar de novo empréstimo para negociar aluguéis atrasados
Nesta segunda-feira, um advogado da WeWork disse que a locadora pode ser forçada a tomar um novo empréstimo para compensar o progresso lento nas suas negociações de aluguel.
Sob Neumann, a WeWork cresceu para se tornar a startup mais valiosa dos EUA, chegando a valer no mercado US$ 47 bilhões.
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No entanto, a busca de Neumann por crescimento às custas do lucro e revelações sobre seu comportamento excêntrico levaram à sua saída em 2019.
A empresa acumulou prejuízos em seus passivos de aluguel de longo prazo, à medida que sua demanda caiu, devido à pandemia de covid-19.
Pouco antes da WeWork entrar com pedido de falência, Neumann havia se manifestado a respeito. “Acredito que, com a estratégia e equipe certas, uma reorganização permitirá que a WeWork surja com sucesso.”
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