O Goldman Sachs, grupo financeiro multinacional, previu que a economia global vai superar as expectativas em 2024. A mais nova projeção por parte da instituição é de crescimento mais robusto por causa do aumento da renda e da certeza de que a onda da alta das taxas de juros ao redor do mundo já passou.
+ Leia mais da Economia em Oeste
O grupo financeiro previu que a economia mundial vai expandir em 2,6% na média anual em 2024. Segundo Goldman Sachs, os Estados Unidos (EUA) devem ter um crescimento estimado de 2,1% no próximo ano.
O banco sustentou acreditar que a maior parte do impacto das políticas de aperto monetário e fiscal já passou.
Leia também: “86% dos eleitores norte-americanos dizem que Biden não melhorou a vida deles”
Em março de 2022, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, iniciou sua campanha intensa de aumento das taxas de juros para conter a crescente inflação. Isso aconteceu à medida que o país atingia seus níveis de preços mais altos em 40 anos.
Na última quinta-feira, 9, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou, em um discurso no Fundo Monetário Internacional, não estar “confiante” de que fez o suficiente para combater a inflação. Ele sugeriu que mais aumentos nas taxas podem ser necessários.
Goldman Sachs afirma que inflação desacelerou nos países do G10
O banco observou que a inflação também continuou a desacelerar nos países do Grupo dos Dez (G10). Para os mercados emergentes, espera-se que os problemas inflacionários diminuam ainda mais. O G10 é formado originalmente pelos seguintes países;
- Alemanha;
- Bélgica;
- Canadá;
- EUA;
- França;
- Itália;
- Japão;
- Holanda;
- Reino Unido; e
- Suécia
“Nossos economistas preveem que a queda na inflação deste ano continuará em 2024”, afirmou o relatório da instituição financeira. “E que a inflação central sequencial (ao longo do tempo) caia de 3% agora para uma faixa média de 2% a 2,5% nos países do G10 (excluindo o Japão).”
Contudo, o Goldman Sachs afirmou que os formuladores de políticas dos países desenvolvidos provavelmente não vão reduzir as taxas de juros antes do segundo semestre de 2024. A única exceção seria caso o crescimento econômico fosse mais fraco do que o estimado.
Leia também: “Goldman Sachs rebaixa sua recomendação para ações chinesas”
Gabriel Dias é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob a supervisão de Anderson Scardoelli.