O grupo Portfólio Centro-Sul Participações (PCS), dono de quatro shoppings nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, entrou em recuperação judicial. A medida foi solicitada pelo grupo em 7 de agosto, depois que o Bradesco, maior credor da PCS, começou um processo para assumir a propriedade de imóveis, dados em garantia de dívidas.
A recuperação judicial foi deferida há um mês pela juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte. Na decisão, ela paralisou a ação do Bradesco para tomar posse dos imóveis.
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“Assim, para o caso concreto, deve ser mantida a suspensão do procedimento de consolidação da propriedade fiduciária dos imóveis onde estão estabelecidos os Shoppings, eis que os imóveis sede das empresas possuem alienação fiduciária junto à instituições financeiras”, afirmou a magistrada.
Os shoppings do PCS atingidos pela recuperação judicial são o Bragança Shopping Center, em Bragança Paulista (SP); Via Vale Shopping Centers, em Taubaté (SP); Lages Shopping Center, em Lages (SC); e o Via Café Shopping Center, em Varginha (MG).
O grupo informa que a dívida total é de cerca de R$ 650 milhões, sendo R$ 1,3 milhão para empregados; R$ 123,3 mil para credores quirografários (sem garantia); R$ 986 mil para micros e pequenas empresas; e R$ 508 milhões para credores titulares de alienação fiduciária, além de R$ 6,5 milhões em tributos.
Pandemia agravou crise em shoppings e levou à recuperação judicial, diz grupo PCS
O PCS atribuiu o agravamento de sua situação financeira a “todo esse contexto de desequilíbrio da estrutura de capital, aumento da inadimplência de aluguel, vacância das lojas e queda de receitas”.
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Outro impacto negativo foi a pandemia de covid-19. “Embora tenha atingido diversos setores da economia, os shoppings centers foram, possivelmente, os mais severamente afetados pela crise deflagrada pela pandemia da covid-19, especialmente em razão das medidas de restrição e contenção determinadas pelo poder público, que envolveram fechamento dos estabelecimentos”, afirmaram os advogados dos shopping.
O processo de recuperação judicial está em fase de publicação do edital para comunicar os credores acerca da suspensão das cobranças e para que apresentem objeções ao plano de recuperação judicial.
Eles sabem que no Brasil recuperam até ladrões e corruptos. Pedido de recuperação judicial é moleza. Provável receberão uma ajudinha. Assim funciona a República das Bananas.
As justificativas dos advogados da PCS não conferem com a realidade, basta ver e extraordinária performance dos Fundos Imobiliários de Shopping Centres, TODOS se recuperaram da pandemia. Esses FIIs tem na sua carteira a maioria dos shoppings. A saída para a PCS será a venda dos seus ativos para os FIIs que contam com gestores competentes, o que certamente não é o caso da PCS. Ricardo P C Valente