O governo federal estuda ampliar a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 2,5 mil — o atual limite é de R$ 1,9 mil.
De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a medida poderia atingir 16 milhões de brasileiros. “Uma pessoa que ganha R$ 1,9 mil, R$ 2 mil, R$ 2,1 mil ou R$ 2,3 mil de salário tem de estar isenta”, afirmou o ministro, em evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “Vamos pegar oito milhões de brasileiros e quase duplicar a base de isenção para os mais frágeis, porque estaremos tributando lá em cima, de quem recebe dividendos e estava isento até hoje.”
Redução do IR de empresas
Segundo Guedes, a tributação do Imposto de Renda das empresas deve ser reduzida para 25%, com cortes de 2,5% ao ano. Atualmente, a carga tributária está acima de 30%. “Se o presidente for reeleito e o programa econômico seguir, é menos 2,5% de Imposto de Renda”, explicou. “Achamos que o imposto para a pessoa jurídica tem de ser, no máximo, de 25% — a média mundial é de 22%. Em quatro ou cinco ano, reduzindo 2,5%, vamos chegar a 25%.”
Recuperação do PIB
Conforme o ministro, o aumento da arrecadação de tributos é reflexo da recuperação do Produto Interno Bruto (PIB). O mercado financeiro, aliás, projeta crescimento do PIB em 5% em 2021, segundo dados do Boletim Focus. “Talvez o país não vá crescer 5%, 6% todos os anos”, disse. “Vamos calibrar para 3% — uma taxa estrutural. Se crescer 6%, nós guardamos 3% e os outros 3% aplicamos na redução de impostos.”
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