O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 23, que consolidar da integração do Mercosul é muito importante para o Brasil, quando questionado sobre as eleições presidenciais na Argentina.
Haddad afirmou estar acompanhando as eleições no país vizinho, com interesse. “O Mercosul é muito importante para nós”, disse.
Segundo o ministro, as eleições têm implicações “muito grandes na questão da integração”. Não se trataria, portanto, de “uma coisa isolada”.
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Afirmando-se como um integracionista, declarou: “Gosto de pensar em uma América do Sul mais integrada, negociando com a União Europeia de forma mais forte.”
As negociações entre os dois blocos regionais tiveram espaço nos comentários do ministro. Uma vez que elas vêm se desenrolando, “quanto mais integrados estivermos, melhor para sentar[-se] à mesa com eles”.
“A gente tem que pensar o todo da região para ver a forma mais adequada de fazer essa região voltar a se desenvolver”, afirmou o ministro. “Estamos há muitos anos sem desenvolvimento.”
Preocupações de Haddad com possíveis resultados das eleições na Argentina
O candidato peronista e atual ministro da Economia argentina, Sergio Massa, vai disputar o segundo turno das eleições presidenciais com o libertário Javier Milei. O primeiro turno do pleito aconteceu no domingo 22.
Com 98,51% dos votos apurados no fim do dia da eleição, Sergio Massa tinha 9,6 milhões de votos, 36,68% da parcela eleitoral. Javier Milei, seu principal opositor, contou com 7,8 milhões de votos, ou 29,98% do eleitorado.
“É natural que eu esteja preocupado”, afirmou Haddad quanto à possibilidade da vitória de Milei. “Uma pessoa que tem como bandeira romper com o Brasil, uma relação construída ao longo de séculos, preocupa.”
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Pelas regras eleitorais argentinas, para que a eleição seja decidida no primeiro turno, o candidato deve conquistar 45% dos votos. Caso não o faça, é possível eleger-se com 40% dos votos, desde que a distância para o segundo colocado seja de pelo menos 10 pontos percentuais.
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