As dificuldades impostas pela pandemia para importar matérias-primas fizeram a indústria brasileira de brinquedos expandir sua produção. Com prazos mais longos e o valor dos fretes mais alto, as fábricas locais conseguiram ampliar a participação no mercado.
De acordo com a Associação dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), em fevereiro do ano passado, os brinquedos importados respondiam por 48% do mercado no Brasil. Atualmente, essa parcela é de 27%. Os outros 73% são atendidos por fábricas nacionais.
Segundo a Abrinq, o resultado é uma combinação de estratégias, além das dificuldades dos compradores em ter garantia de prazo e entrega.
A indústria nacional de brinquedos cresceu 21% em 2021, segundo a entidade, e a participação de mercado avançou 12%. De cerca de 100 mil bonecas produzidas por dia em 2019, as fábricas produzem hoje cerca de 200 mil.
Para o Dia das Crianças — 12 de outubro —, a expectativa é um aumento de 14% na comercialização de produtos sobre o ano anterior. A data representa 40% das vendas anuais do setor.
Leia também: “CNC prevê maior volume de vendas para o Dia das Crianças desde 2015”