Auditores da Receita Federal (RF) planejam uma greve, no próximo dia 20, com o objetivo de protestar contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A insatisfação ocorre porque a administração federal não teria cumprido um acordo firmado em 2016, que previa a implantação de bônus por eficiência para os funcionários.
Na terça-feira 14, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional). O encontro teve o objetivo de avançar na questão do acordo.
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Haddad se comprometeu com o sindicato a cumprir os termos firmados em 2016. O sindicato, contudo, mantém-se insatisfeito.
Segundo o portal oficial do Sindifisco Nacional, o ministro “não apresentou proposta de destinação de valores para o pagamento do bônus”.
Estavam presentes na reunião Isac Falcão, presidente do sindicato; Sérgio Aurélio, coordenador do Comando Nacional de Mobilização (CNM); Cleriston dos Santos, 1º vice-presidente da Mesa Diretoria do Conselho de Delegados Fiscais (CDS); e outros representantes.
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“Não recebemos uma proposta do governo para analisar em Assembleia”, disse Falcão. “Portanto, seguiremos com nossa mobilização.”
Essa é a razão por que o Sindifisco pretende organizar uma greve na próxima segunda-feira, 20. “Os colegas que estão aqui precisam comunicar a importância de seguirmos firmes na mobilização e no nosso calendário de greve, para que possamos obter o cumprimento do compromisso do Estado brasileiro com a categoria”, afirmou Falcão.
Reunião com Haddad foi infrutífera, diz auditor da Receita Federal
Para o coordenador Sérgio Aurélio, a reunião com o ministro foi infrutífera. “Apesar de reconhecer a importância fundamental dos auditores-fiscais para o funcionamento do Estado brasileiro, para se manter o arcabouço fiscal, não apresentou nenhuma proposta concreta e disse que só pode fazê-lo a partir da primeira semana do mês de dezembro”, observou.
Ainda segundo o coordenador, a greve servirá para mostrar que a categoria está mobilizada para fazer cumprir o acordo firmado em 2016.
“Nossa greve tem de ser forte desde o primeiro dia, para mostrar que estamos mobilizados e prontos para conquistar o nosso direito — nós o merecemos”, afirmou o coordenador. “Todos à greve a partir de 20 de novembro.”
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