A LafargeHolcim, líder mundial na produção de cimento e outros materiais de construção, está começando um processo de venda das operações locais para sair do Brasil. O negócio inclui dez unidades industriais, centros de distribuição, terminais de mistura e atividades de mineração, empregando 1,4 mil funcionários. Conforme reportado pelo jornal Valor Econômico, a decisão é parte de uma estratégia da companhia em concentrar seus negócios em países de moeda forte, em que possa conseguir maior retorno financeiro.
Atuando com as marcas Holcim (voltada a grandes clientes) e Mauá e Montes Claros (para o varejo), a empresa está há mais de 60 anos no país, e ocupa o terceiro lugar no mercado brasileiro, atrás das companhias Votorantim Cimentos e InterCement. Por meio de suas cinco fábricas integradas e cinco unidades de moagem de cimento, possui a capacidade de produzir 10 milhões de toneladas por ano.
O processo pode ser demorado, informou o periódico, pois precisará ser aceito pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em razão de uma possível concentração de mercado. Em menos de um ano, a companhia é a segunda cimenteira a sair do Brasil. No fim de 2020, o grupo irlandês CRH vendeu suas operações no país.
Leia também: “Mercado de cimento cresceu 10,9% em 2020 no Brasil”