Lula e Fernández se comprometem com criação de moeda comum

Anúncio contradiz as recentes declarações de Haddad sobre o tema

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Fernández e Lula pretendem 'fortalecer' os laços de Argentina e Brasil | Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert
Fernández e Lula pretendem 'fortalecer' os laços de Argentina e Brasil | Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert

Os presidentes Lula, do Brasil, e Alberto Fernández, da Argentina, publicaram uma nota conjunta exclusiva no jornal argentino Perfil, no sábado 21, em que defendem a criação de uma moeda comum para a América do Sul. Na semana que vem, ambos os chefes de Estado devem se encontrar em Buenos Aires.

“Decidimos também avançar nas discussões sobre uma moeda comum sulamericana”, dizem os políticos, no texto. Segundo Lula e Fernández, a moeda seria “utilizada para fluxos financeiros e comerciais”, o que reduziria “os custos operativos e a vulnerabilidade externa dos países”.

A ideia contradiz as recentes declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o tema. Na ocasião, Haddad negou a possibilidade de criar uma moeda comum e se irritou com jornalistas. “Não existe moeda única e não existe essa proposta”, garantiu.

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Agenda na Argentina

Lula embarcará ainda neste domingo, 22, rumo a Buenos Aires. É sua primeira viagem internacional desde que assumiu a Presidência.

O texto no Perfil cita a participação dos dois países na cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Afirma também que o evento marca “o regresso do Brasil a um mecanismo de diálogo e acordo regional” que “jamais deveria ter sido interrompido”.

Lula e Fernández também se comprometem em atuar juntos em temas como “o desenvolvimento sustentável, a mudança climática e a redução de todas as formas de desigualdade”, com atenção especial ao que chamam de “reindustrialização das economias”, com “integrações das cadeias produtivas”.

A nota conjunta também menciona o sentido estratégico da integração bilateral entre os países, a fim de “construir um futuro em comum” que seja “mais justo e mais solidário”.

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22 comentários Ver comentários

  1. Se o Hadad pediu boicote a empresários bolsonaristas, eu já comecei e sugiro boicote
    – ao banco Itaú e XP
    – ao magazine Luiza
    – Americanas
    – Ambev
    – Natura
    – Hein
    Dentre muitas outras

  2. Vai facilitar o tráfico de drogas nas nossas fronteiras.

    Agora os traficantes não vão mais ficar sujeitos a desvalorização do peso em relação ao real.

    Eles estavam nervosos com isso…. é muito dinheiro envolvido.

    Imagina o quanto a PRF derrubou de receita desses criminosos nos quatro anos do Mito.

    Com nossas estradas livres e a mesma moeda o comércio ilegal vai prosperar de novo.

  3. A minha pergunta é o que o Brasil teria a ganhar com isso? Uma moeda comum seria importar a inflação gerada por décadas de irresponsabilidade Argentina. Além de termos que sustentar diversos estados deficitários, teríamos que pagar essa conta da Argentina. Isso é uma insanidade.

    1. Agora tenta explicar isso para um petista, isso sim é insanidade. Só de você ler o título da matéria sabendo como as coisas estão na Argentina, a ideia já soa ridícula, imagine só saber disso e querer levar a frente… A democracia é o melhor e pior regime, porque dá chances para idiotas destruírem um país inteiro com uma tarde de domingo.

  4. Diante de tudo o que está acontecendo, do histórico terrível que não podemos esquecer, MENSALÃO, PETROLÃO, EMPRESTIMOS DO BNDES PARA NAÇÕES AMIGAS, e o envolvimento de muitos parlamentares nessas maracutaias, é bom lembrarmos à nova legislatura do Congresso Nacional, que é dever dos parlamentares bloquear qualquer tentativa de levar isso adiante e do povo ficar atento para essa arapuca, em que, se isso se concretizar, quem vai pagar a conta somos nós brasileiros.

  5. “moeda comum para a América do Sul” – uma moeda “tabajara” então – com exceção da pelegada, quais outros deputados e senadores votariam a favor dessa tolice?

  6. Não chega lá, CERTEZA! beeeeeem antes disso todos os grandes empresários, investidores, desenvolvedores de grandes riquezas já abandonaram essa terra tupiniquim, daí a convulsão financeira já estará em níveis inimagináveis. A lógica e quem ninguém em sã consciência faz negócio com empresa falida, que não tem mais capacidade nem de se manter em pé (Ex: Argentina, Venezuela e Cuba).

  7. A Argentina faz default das dívidas(calote) a cada dez anos. Só mesmo por ideologia estúpida para que o Brasil crie uma moeda com esses falidos.

  8. Nao passa de politicagem desses doiz ignorantes. Primeiro, são duas moedas sem lastro em ouro, a isso agravando ainda a situação o fato das reservas cambiais da Argentina serem uma piada. Segundo, a atividade econômica e o PIB de ambos não guarda o menor elemento de comparação. O meio circulante da Argentina não representa portanto o que ela disporia para lastrea-lo, e disso vindo uma inflação absurda. Já Brasil, com pandemia, guerra e o que mais lembrarmos, fez a sua lição de casa e o fez muito bem, o que se vê pelos nossos indicadores econômicos até 31.12.2022.
    Portanto, moeda única, se possível ainda numa viagem de LSD, o nivelamento de ambos vai implicae aqui numa gangorra de recessão terrível seguida de hiperinflação, posto que esses governos “progressistas” precisarão assim emitir moeda como confete no carnaval para “honrar” seus compromissos espúrios. Daí é só chamar o Maduro e caminharem os três para uma guerra civil transnacional!
    Não vai rolar. Cabeças lá e cá rolarão primeiro.

  9. No Brasil vai criar se o povo deixar e se esse ladrão permanecer no governo o que é muito difícil vai ter que respeitar a cartilha que o Guedes deixou bonitinho.

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