O vice-presidente quer que o país vizinho, que avisou que deixará de negociar comercialmente com o grupo no mês passado, retorne ao bloco
Foto: Myke Sena/Anba
O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu, nesta quarta-feira, que a Argentina seja trazida de volta à mesa de negociações do Mercosul, grupo que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. O país vizinho anunciou em abril que deixará de tratar comercialmente com o grupo em breve.
Em live da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Mourão afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não pode abandonar os esforços feitos por gestões anteriores para manter o grupo coeso.
Cabe lembrar que o atual presidente argentina, Alberto Fernández, vindo da esquerda e apoiado por Cristina Kirchner, tem demonstrado continuamente sua falta de respeito ao chefe do Executivo brasileiro.
“Precisamos dar uma reorganizada aqui no Mercosul; até a própria questão política tem contaminado esse nosso relacionamento. Temos que dar uma reorganizada nisso e trazer a Argentina de volta para o jogo”, insistiu o vice, que, no entanto, também afirmou que o Brasil se manterá fechando acordos bilaterais que sejam interessantes à soberania nacional.
“É óbvio que o Brasil se reserva ainda sua capacidade de fazer acordos bilaterais, mas é algo que foi exaustivamente trabalhado pelos nossos antecessores; essa integração dos quatros países, eu vejo que a gente não pode abandonar pura e simplesmente”, considerou Mourão.
A Argentina vem negociando acordos a com União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio e, por isso, decidiu se afastar do Mercosul.
A Argentina está quebrada e já já estará na nossa porta pedindo ajuda.
Sugiro que o Brasil, em nome da amizade entre os povos, de uma ajuda a Argentina. A proposta é a seguinte: O Brasil doaria 60 bilhões de dólares das reservas cambiais e em troca a Argentina doaria 30 mil quilômetros quadrados de terra na região fronteiriça do RS, Santa Catarina e Paraná.