(J. R. Guzzo publicado no jornal o Estado de S. Paulo em 29 de junho de 2022)
A lei aprovada pelo Congresso Nacional para limitar os impostos estaduais sobre combustíveis, um projeto de iniciativa do governo para reduzir os preços ao consumidor na bomba, é uma aula de pós-graduação a respeito de fanatismo eleitoral, ganância doentia dos governadores de Estado e a falência geral da vida pública brasileira nos dias de hoje. É um caso realmente extraordinário, e talvez único do mundo: a esquerda, as entidades da “sociedade civil” e os próprios governadores ficaram contra uma redução de impostos e de preços. Isso mesmo: ficaram contra uma redução de impostos e de preços.
Em todo o mundo os governos tentam medidas de alívio fiscal na área de combustíveis, num esforço para amenizar a alta dos preços que veio com a disparada nas cotações do petróleo — cerca de US$ 115 hoje no mercado internacional, contra US$ 75 um ano atrás. Há alguma dúvida de que existe, neste momento, uma emergência na área? Nos Estados Unidos, por exemplo, o governo propõe basicamente a mesma coisa — reduzir os impostos, já que não é possível reduzir os preços de mercado do petróleo. No Brasil, prodigiosamente, há gente que corre na direção 100% oposta: não admite que se toque nos impostos, um fator essencial na formação dos preços ao consumidor, por causa de puro, simples e direto interesse político pessoal.
Os governadores, de um lado, estão cegos para qualquer outra coisa que não seja a arrecadação estadual. Ficaram viciados em beneficiar-se com a alta de preços dos combustíveis e outros produtos essenciais como eletricidade, telecomunicações, gás, etc.: quanto mais caros ficam para a população, mais dinheiro rendem em imposto para os cofres dos Estados. Dali, naturalmente, o ouro segue para o bolso da clientela dos governadores — que começa na remuneração dos altos funcionários e magistrados e termina nos contratos com empreiteiras de obras e com os fornecedores amigos. Todos eles esqueceram completamente que têm de governar para os governados; hoje, governam para as suas secretarias da Fazenda. Viraram acionistas da alta de preços.
A oposição, o candidato do PT à presidência e a esquerda em geral, de outro lado, se irritam com uma baixa de preços que poderia, na sua visão, beneficiar eleitoralmente o governo. Vieram, até, com a ideia realmente extraordinária de cassar a chapa eleitoral do presidente da República, por conta da redução de preços e de um abono federal aos caminhoneiros — uma tentativa adicional de garantir, com auxílio aos transportadores, o abastecimento geral do país nos produtos essenciais para a população. “Especialistas” procurados pela mídia dizem que a redução de preços e o abono, a três meses das eleições para presidente, são “ilegais” — o que leva à conclusão de que o governo não pode tomar medidas de interesse público em ano eleitoral. Ou seja: estariam a oposição e as forças que lhe dão apoio exigindo que o governo da União não governe até outubro próximo, e não tome nenhuma medida que possa beneficiar o cidadão em suas necessidades diretas?
É um dos melhores momentos em matéria de hipocrisia que se vê há muito tempo na política brasileira. Poucos anos atrás, a presidente Dilma Rousseff afirmou em público que faria “o diabo” para ganhar as eleições para a sua própria sucessão. Fez e ganhou — e desde então não ocorreu a absolutamente ninguém na esquerda, nem nas classes intelectuais, civilizadas e inclusivas, dizer uma palavra sequer de objeção. Ao mesmo tempo, um político como o governador de São Paulo vem se vangloriar agora dizendo que foi “o primeiro” a reduzir o imposto estadual sobre os combustíveis — quando há uma lei do Congresso que o obriga a fazer exatamente isso, e quando a sua participação no esforço para aliviar os consumidores foi nula. A aberração se completa com outros governadores reclamando do colega de São Paulo, que teria furado a sua “greve” contra a decisão do Congresso Nacional — e a “negociação”, no STF, para resolver se deve ou não ser cumprida uma lei aprovada licitamente pelo parlamento brasileiro. Democracia, no Brasil de hoje, é isso aí.
Aqui tenho que concordar com o Guilherme Fiúza, não é uma questão de direita ou esquerda, mas sim de poder. Os poderosos, sejam eles quem forem, precisam do dinheiro arrecadado pelos impostos, para atender suas demandas politiqueiras. Os governadores dos estados por verem valores absolutos reduzir, diminuir e ficam com medo de não poder cumprir seus “compromissos” com seus apoiadores e os candidatos da oposição ao governo federal, porque precisam encontrar um desculpa para a surra que vão levar dia 02/10/2022, alegando que Bolsonaro usou as políticas públicas em seu benefício, sem lembrar que são fundamentais para o bem andamento do País.
Establisment obcecado em fazer Bolsonaro não se reeleja.
Vocês não entenderam o BOZO..
Ele esta diminuindo a arrecadação do governo federal…..tinha gordura de sobra…deu até para pagar/gastar 700 BILHÕES de reais na hecatombe pandêmica fake que assolou e solapou a inteligência e bom senso humano no mundo.
CASO o impossível aconteça…e ele perder as eleições…. os esquerdistas não terão como reorganizar e aprovar aumentos de gastos corrupção.
ENDENTEDERAM!!
Quero ver aumentarem os impostos de novo. DESGASTE TERRIVEL SOFRERÃO
Esse é o tipo de gente que temos, não é oposição, é contra o país….lixo
Os nossos políticos não estão preocupados com a situação dos brasileiros. Já que recebem seus altos salários e além de outros benefícios que o cargo proporciona, não liga para o trabalhador que ganha só um salário mínimo ou para os nem trabalho tem. O importante é arrecadar sem dar a contra partida para os pagadores de impostos.
Esquerdismo é doença!
So faltou falar q esse jornal q ele escreve e um dos q chamam especialistas de esquerda pra criticar a diminuicao dos impostos
Como sempre IRRETOCÁVEL.
Estou impressionado de ver a canalhada que é nossa elite! Gente desocupada, ou melhor, ocupada exclusivamente para inflar seus egos anabolizados e cérebros anorexos. Que se dane o bem comum.
Infelizmente tem muito fdp torcendo contra o país, contra o povo , simplesmente pelo poder.
O que não falta são PeTebas dispostos a trair seus irmãos para obter vantagens perdidas nas últimas eleições.
Se liga meu povo , saibam votar em outubro.
Se acham que vivemos tempos difíceis hoje e não souber votar as coisas podem piorar muito.
Não se esqueçam de Argentina, Venezuela , Chile e até a Colômbia estão indo para o ralo.
Perfeito.