As ações da Amazon registraram uma alta de 4% nesta última quarta-feira, 26, elevando o valor de mercado da empresa para mais de US$ 2 trilhões —o equivalente a R$ 11,05 trilhões— pela primeira vez.
Com a nova alta no seu valor de mercado, a Amazon se mantém como a quinta empresa mais valiosa do mundo, ficando atrás só de Alphabet (Google), Nvidia, Apple e Microsoft. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
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Apesar dos lucros negativos no primeiro trimestre, que levaram a uma queda inicial no valor das ações, os papéis da Amazon se recuperaram ao longo do ano, acumulando uma alta de 27%.
A Amazon, apesar de inicialmente considerada atrasada na corrida pela inteligência artificial, pode recuperar terreno com a atualização da Alexa. A empresa planeja lançar uma versão mais inteligente da assistente virtual, utilizando a tecnologia da Anthropic, uma startup de IA fundada por ex-funcionários da OpenAI.
Triunfo para alta da Amazon
A AWS, divisão de serviços de infraestrutura de banco de dados da Amazon, continua a ser um forte trunfo para sua alta. A empresa pretende oferecer uma plataforma com opções de inteligência artificial (IA) para empresas, permitindo que os clientes desenvolvam e testem aplicativos próprios.
Com a valorização das ações, a fortuna de Jeff Bezos, fundador e principal acionista da Amazon, aumentou em quase US$ 6 bilhões (R$ 33 bilhões), alcançando US$ 211 bilhões (R$ 1,1 trilhão), conforme a revista Forbes.
Empresas como Nvidia, Apple e Microsoft, com valores de mercado acima de US$ 3 trilhões, têm disputado a posição de mais valiosa do mundo, atualmente ocupada pela Microsoft.
Além da Amazon, dólar sobe depois de falas de Lula
Além da alta da Amazon, o valor do dólar no Brasil também apresentou crescimento. Pela terceira semana consecutiva, o valor da moeda subiu depois de declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta quarta-feira, 26, a moeda norte-americana atingiu R$ 5,52, o maior valor desde janeiro de 2022.
O Brasil adota um sistema de câmbio flutuante, em que o valor do dólar é determinado por vários fatores, principalmente oferta e demanda. Os fatores para a alta são:
- 12 de junho: Lula afirmou que a redução do déficit seria possível sem comprometer investimentos públicos, levando o dólar a subir de R$ 5,37 para R$ 5,41;
- 18 de junho: o presidente criticou o presidente do Banco Central, resultando em uma alta do dólar de R$ 5,42 para R$ 5,43;
- 26 de junho: Lula questionou a necessidade de cortes de gastos, elevando o dólar de R$ 5,45 para R$ 5,52.
A expectativa sobre os juros nos Estados Unidos também influencia a alta do dólar globalmente. Com a economia norte-americana forte e a inflação diminuindo lentamente, o Fed mantém as taxas de juros elevadas, atraindo investimentos em dólares.
Data centers aquecem piscinas na Europa e Canadá
O calor gerado pelos data centers está sendo aproveitado para aquecer casas e piscinas na Europa e no Canadá. Esse método será utilizado nas Olimpíadas de Paris para aquecer a água do centro aquático das competições de natação.
Data centers são grandes galpões repletos de computadores que consomem alta quantidade de energia para resfriamento. No Brasil, um grande data center consome cerca de 30 megawatts, equivalente ao consumo de 16,3 mil casas.
Com o aumento da demanda por inteligência artificial, o consumo de energia desses centros deve crescer, tornando a reutilização do calor gerado uma prática sustentável.
A tecnologia utiliza água e materiais condutores para transportar o calor. A água sai do data center com temperatura entre 25ºC e 30ºC e pode ser aquecida ainda mais por bombas de calor no destino.
A multinacional Equinix, responsável pela infraestrutura de Paris, pretende investir no Brasil. A empresa defende investimentos públicos no Sudeste para aproveitar melhor o calor gerado pelos data centers.