Peritos médicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realizam nesta segunda-feira, 31, uma paralisação de 24 horas em todo o país. Eles exigem um reajuste de 20% e reivindicam melhores condições de trabalho.
Os servidores públicos criticam o corte de cerca de R$ 1 bilhão feito no orçamento do órgão. Segundo eles, a perda de recursos pode comprometer o ritmo das análises dos benefícios, como as aposentadorias.
A categoria informou ao Ministério do Trabalho e da Previdência, comandado por Onyx Lorenzoni, que faria a paralisação. Nesta manhã, muitas agências do INSS estavam fechadas para atendimento, o que pegou a população de surpresa. As perícias que estavam marcadas para hoje terão de ser reagendadas.
De acordo com a a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), o aumento salarial reivindicado pelos servidores é de 19,99%. Eles também pedem a recomposição dos quadros de carreira com concurso público, o fim da teleperícia, a fixação do número de até 12 atendimentos presenciais como meta diária, entre outros pontos.
Na semana passada, como noticiado por Oeste, servidores públicos federais voltaram a convocar paralisações. O ato mais recente, na quinta-feira 27, foi organizado por grupos como o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate).
Está sendo discutida a possibilidade de uma greve geral que seria convocada para o dia 9 de março, caso as negociações com o governo federal não avancem.
As reivindicações de servidores federais de diversos órgãos tiveram início a partir da indicação, pelo presidente Jair Bolsonaro, de que apenas carreiras policiais seriam contempladas com reajuste neste ano. No Orçamento de 2022, há R$ 1,7 bilhão reservados para aumento do funcionalismo.
No dia 18 de janeiro, o Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (BC) promoveu uma paralisação das atividades por duas horas para reivindicar reajustes em seus vencimentos. De acordo com os sindicalistas, cerca de 500 funcionários que ocupam funções de chefia já se comprometeram a entregar seus cargos caso as negociações não avancem.
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