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Edição 65

Você paga tudo isso

Um raio-x dos abonos, benefícios e gratificações que turbinam os salários dos servidores de 46 estatais brasileiras bancados pelos pagadores de impostos

Silvio Navarro

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Salário médio de R$ 29 mil, planos de saúde com cobertura que ultrapassa a da maioria das operadoras na iniciativa privada, abono por assiduidade no serviço, assistência educacional superior à mensalidade de escolas caras, indenização em caso de assalto, garantia de emprego e liberação de alguns dias por ano para exercer atividades sindicais. Essas são algumas regalias que 46 empresas públicas oferecem aos seus funcionários. Pela primeira vez, esses privilégios podem ser consultados por todos os brasileiros no Relatório de Benefícios das Empresas Estatais Federais, elaborado pelo Ministério da Economia.

O documento, de 84 páginas, detalha os abonos e gratificações que os funcionários recebem em empresas e bancos estatais, mostrando como são formatadas algumas das maiores remunerações de um país onde a renda média do cidadão é de R$ 1.380. Esse valor, aliás, é menor do que o auxílio-refeição de R$ 1.500 de cada um dos 2.500 funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Somam-se a isso 13 cestas-alimentação de R$ 650 (gratificação prevista em convenção coletiva dos bancários), R$ 1.200 para a educação de cada filho com até 18 anos, seguro de vida e plano de saúde no “pós-emprego” — os aposentados mantêm o direito.

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