A Petrobras quer retomar o controle da refinaria de Mataripe (BA), privatizada em 2021 durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A refinaria foi adquirida pelo Mubadala, o fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos.
A Petrobras cogita retomar pelo menos 51% do capital da refinaria para “reintegrá-la em seus próprio sistema”, além de recontratar os funcionários que foram realocados em outras unidades da estatal.
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As modalidades de recompra da refinaria ainda não foram definidas, mas segundo fontes a Petrobras poderia retomar o controle por meio de uma negociação com o Mubadala, ao adquirir parte das ações da empresa.
A ideia deverá ser aprovada pelos Conselhos de Administração da Petrobras e da refinaria de Mataripe.
Negociações entre presidentes da Petrobras e do fundo soberano árabe
As negociações estariam sendo realizadas diretamente entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o controlador do Mudabala, o governo do país árabe.
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Nas redes sociais, Prates admitiu que teve uma reunião com o presidente do Mubadala, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, e que alcançou um acordo segundo o qual as equipes intensificarão os trabalhos “com vistas a finalizar a nova configuração societária e operacional ainda neste primeiro semestre de 2024”.
Prates continua chamando a unidade de Rlam, sigla para Refinaria Landulpho Alves, primeiro nome da planta. A ideia é que a refinaria de Mataripe volte ao nome originário.
A refinaria foi a maior vendida pela Petrobras após assinar um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), representando pouco mais de 10% da capacidade de refino do Brasil.
Prates quer Petrobras de volta em Mataripe
Em um evento no Cenpes, unidade de pesquisa da Petrobras, Prates declarou que considera importante recuperar a operação da refinaria, mas disse que no momento não há negociações em andamento.
“Queremos voltar a fazer parte da gestão da refinaria, pois é importante. Para nós, essa refinaria complementa uma série de sinergias com o resto do sistema. Não nos cabe adiantar nada, mas recuperar a Rlam é importante”, disse o presidente da Petrobras.