O petróleo subiu cerca de 4% com a retaliação dos Estados Unidos e do Reino Unido aos ataques de houthis contra navios no Mar Vermelho. Portanto, trata-se de uma das demonstrações mais dramáticas do alargamento da guerra Israel-Hamas.
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Há pouco, o Brent (referência europeia), com contratos para março, subia acima de US$ 80,40 o barril (+3,86%). Da mesma forma, o West Texas Intermediate (referência norte-americana), com contratos para fevereiro, estava cotado a US$ 74,92 (+4,03%).
A crise eleva preocupações sobre o potencial impacto que um conflito mais amplo na região teria sobre o abastecimento de petróleo.
De acordo com Saul Kavonic, analista de energia do MST Marquee, plataforma para analistas de pesquisa, os impactos poderiam ser grandes. Se grande parte dos fluxos fosse interrompida, isso representaria até três vezes o impacto dos choques dos preços do petróleo da década de 1970 e mais que o dobro do impacto da guerra da Ucrânia nos mercados de gás.
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Na década de 1970, aconteceu a Primeira Crise do Petróleo (1973), quando países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo aumentaram o preço do petróleo em mais de 400%. Na Segunda Crise do Petróleo (1979), durante uma crise política no Irã, houve um corte por parte do país na venda e distribuição de petróleo; o Irã era o segundo maior produtor no mundo na época.
Líder do Houthi prometeu responder ataques norte-americanos
Em um discurso televisionado, o líder dos houthis do Iêmen, Abdul-Malik al-Houthi, prometeu que qualquer ataque norte-americano ao grupo não ficará sem resposta. “Vamos enfrentar a agressão norte-americana”, disse. “Qualquer agressão norte-americana nunca ficará sem resposta.”
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Em nota oficial da Casa Branca nesta quinta-feita 11, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que não permitirá que atores hostis ponham em perigo a liberdade de navegação em uma das rotas mais importantes do mundo. Biden jurou que “não hesitará em tomar medidas adicionais para proteger nosso povo e o livre fluxo do comércio internacional, conforme necessário”.
“Estes ataques direcionados são uma mensagem clara de que os Estados Unidos e nossos parceiros não tolerarão ataques contra nosso pessoal ou permitirão que atores hostis ponham em perigo a liberdade de navegação em uma das rotas comerciais mais críticas do mundo”, disse o presidente.