O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% no ano de 2022, divulgou nesta quinta-feira, 2, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No quarto trimestre, o índice variou negativamente em 0,2%. Ainda assim, em relação ao mesmo período de 2021, a atividade teve um avanço de 1,9% no ano passado.
“É para comemorar frente a um mundo que cresceu pouco”, disse o economista Alan Ghani ao Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan. “Quando há um crescimento econômico, há uma geração de emprego e a gente percebeu isso nos dados de desemprego, que recuaram desde o auge da pandemia”, disse. “Isso significa que tem mais pessoas trabalhando, ganhando dinheiro, com renda.”
Serviços e indústrias puxaram alta
O crescimento da economia brasileira em 2022 foi puxado pelas altas nos serviços (4,2%) e na indústria (1,6%), que juntos representam cerca de 90% do indicador. A agropecuária recuou 1,7% no ano passado.
A atividade de serviços, “além de ser o setor de maior peso, foi o que mais cresceu, o que demonstra como foi alta a sua contribuição na economia no ano”, analisou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Na indústria, o maior destaque foi a atividade eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que teve bandeiras tarifárias mais favoráveis em 2022.
“O crescimento dessa atividade está muito relacionado à recuperação em relação à crise hídrica de 2021. Além do crescimento da economia, houve o desligamento das térmicas, diminuindo os custos de produção, o que contribui para o aumento do valor adicionado da atividade”, explicou a coordenadora.
Em sentido contrário, as indústrias de transformação apresentaram variação negativa de 0,3%, principalmente pela queda na fabricação de produtos de metal; móveis; produtos de madeira e de borracha e plástico, enquanto as indústrias extrativas caíram 1,7%.
“O resultado das indústrias extrativas no ano foi puxado pela queda na extração de minério de ferro, relacionada ao lockdown ocorrido na China, nosso maior comprador, enquanto as indústrias de transformação foram impactadas negativamente devido a fatores como juros altos e custos de matéria-prima elevados”, avaliou Palis.
Agropecuária recuou
O setor de agropecuária apresentou queda de 1,7% no ano, decorrente do decréscimo de produção e perda de produtividade da atividade de agricultura, que suplantou a contribuição positiva das atividades de pecuária e pesca.
“A soja, principal produto da lavoura brasileira, com estimativa de queda de produção de 11,4%, foi quem mais puxou o resultado da agropecuária para baixo no ano, sendo impactada por efeitos climáticos adversos”, informou o IBGE.
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E viva o Bolsonaro e Paulo Guedes. Agora com o ladrão vai ladeira abaixo.