Em outubro, os consumidores no Brasil perceberam um aumento nos preços de ovos e carnes, conforme o levantamento da Neogrid. O preço médio dos ovos subiu 7,7%, de R$ 0,77 em setembro para R$ 0,83 em outubro.
A carne bovina teve um acréscimo de 5,6%. O preço médio passou de R$ 33,38 para R$ 35,24. Já a carne suína aumentou 5,3%, e passou de R$ 16,61 para R$ 17,49.
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Nos últimos meses, os preços da carne bovina subiram constantemente. Em agosto, o preço médio por quilo era de R$ 31,51, período em que havia muitos bovinos para abate.
Durante o terceiro trimestre, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que 10,33 milhões de cabeças de gado foram abatidas. No entanto, a maior quantidade de fêmeas abatidas reduziu os nascimentos de bezerros, o que diminuiu a oferta.
A seca severa e as queimadas agravaram a situação por causa da diminuição da produção de pasto, principal alimento do gado. Isso obrigou os pecuaristas a optarem pelo confinamento, uma prática mais cara.
Anna Fercher, da Neogrid, afirmou que “a forte demanda externa” também elevou os preços internos da carne bovina. “O aquecimento das exportações reduz a quantidade de carne disponível no mercado interno, pressionando os preços para cima”, disse ao Canal Rural.
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O relatório da Neogrid mostrou que produtos como óleo e frango também ficaram mais caros, com aumentos de 4,7% e 3,3%, respectivamente. Em contrapartida, alguns produtos tiveram queda nos preços de setembro a outubro.
Preço dos legumes caiu no período
Os preços dos legumes tiveram uma queda de 6,6%, e os da farinha de mandioca caíram 3,7%. O creme dental, o leite em pó e o leite UHT também tiveram reduções de preço, com variações de 2,3%, 1,6% e 1,4%, respectivamente.
No acumulado do ano até outubro, o café, tanto em pó quanto em grãos, liderou o aumento de preços, subindo 36%, de R$ 36,89 em dezembro de 2023 para R$ 50,30. O valor do leite UHT aumentou 25%, seguido pelo preço dos ovos, com 19,7%, de refrigerantes, que subiram 17,5%, e queijos, com alta de 17%.
No Sudeste, as maiores altas foram em carnes bovinas, com 8%; suína, com 5,7%; óleo, com 4,6%; ovos, com 3,9%; e frangos, com 3,6%.
No entanto, as principais reduções ocorreram em legumes, com queda de 7,9%; creme dental, com redução de 2,8%; leite em pó, que caiu 2,4%; farinha de mandioca, com diminuição de 2,2%; e leite UHT, que reduziu 1,8%.