O Porto de Santos movimentou cerca de 160 milhões de toneladas de carga em 2022. O número representa um crescimento de 10% sobre o resultado de 2021. No ano passado, a instalação respondeu por quase 30% de todo o movimento portuário do Brasil.
A maior parte do resultado de 2022 ocorreu por meio do envio de cargas: aos embarques somaram-se quase 120 milhões de toneladas, ou seja, um crescimento de 15% sobre 2021.
A Santos Port Authority (SPA), gestora da instalação, divulgou os dados nesta quarta-feira, 11. Para a movimentação de contêineres, a marca atingida chegou ao recorde de 5 milhões de TEU (unidade equivalente a 1 contêiner de 20 pés).
“Em quatro anos, o crescimento acumulado foi de 22%, considerando o montante de 133 milhões de toneladas movimentadas em 2018, o que representa um crescimento anual de 5%”, informa a nota. “Desde 2019, a SPA vem batendo recordes sucessivos, ano após ano.”
Restauração da gestão no Porto de Santos
Além disso, o quadriênio foi marcado pela reestruturação da gestão da instalação estatal. Durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governo federal enviou ao litoral de São Paulo executivos com experiência em recuperação empresarial, conforme registrou Bruno Freitas em “O Porto de Santos desencalha”, reportagem para a Edição 127 da Revista Oeste.
No ano de 2018, último antes do choque de gestão, a instalação fechou o caixa com um prejuízo próximo de R$ 500 milhões.
A estratégia que, entre outras medidas, envolveu a revisão de contratos e o enxugamento da estrutura começou a dar resultados já em 2019. Logo no primeiro ano do choque de gestão o prejuízo deu lugar a um lucro próximo de R$ 90 milhões.
Nos anos seguintes, o caixa continuou azul e crescendo. Em 2021, por exemplo, o saldo fechou positivo em R$ 330 milhões.
Privatização suspensa
A gestão Bolsonaro pretendia privatizar o Porto de Santos, aproveitando a valorização gerada em meio a esteira de bons resultados. O projeto, entretanto, não deve ser levado adiante pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Márcio França, escolhido pelo petista para comandar o recém-criado Ministério dos Portos e Aeroportos, avisou que o novo governo não pretende privatizar a estrutura. “Vai continuar estatal”, disse ele, em dezembro de 2022, antes mesmo de tomar posse no cargo.
O que foi produtivo e lucrativo , será alterado , não irão dar continuidade , afinal a partir do momento que houve um retorno positivo , não darão continuidade.
Faz o L aí