Leonel Andrade não é mais o diretor-presidente da CVC. O executivo renunciou ao cargo na quarta-feira 24 e pegou o mercado de surpresa. A saída ocorre um mês após o diretor-financeiro, Marcelo Kopel, deixar a posição, que vinha sendo acumulada por Andrade desde então.
A companhia já iniciou o processo de sucessão e pretende substituir os diretores “no menor prazo possível”, informou em comunicado aos investidores. Até lá, contará com um Comitê de Transição, que será liderado pelo conselheiro Sandoval Martins. Durante esse período, Eliane Silveira Lapa acumulará o cargo de diretora de governança com o de diretora-financeira.
Momento difícil para o setor
A CVC está renegociando pagamentos com credores. A companhia tinha um total de R$ 655 milhões a vencer até junho, montante que caiu para R$ 124 milhões. A empresa tem até novembro para concluir um aumento de capital, fruto dessa renegociação com credores. A companhia ainda vem sofrendo com a pressão de custos, alta taxa de juros e cenário macroeconômico adverso para o setor de turismo.
As ações da CVC fecharam o pregão de quarta-feira em queda de 7,57%, cotadas a R$ 2,81. O papel acumula baixa de 75% nos últimos 12 meses e de quase 40% só neste ano. No acumulado de 2022, a CVC teve prejuízo líquido de R$ 433 milhões.
E por aí se vai ao fundo do posso da economia. Onde vamos chegar?