A Sabesp anunciou a aprovação parcial de acordos para liquidação de precatórios, totalizando R$ 701 milhões. A empresa espera receber cerca de R$ 455 milhões até fevereiro de 2025, depois de aplicar o desconto previsto no edital.
Esse montante deve reforçar o caixa da Sabesp, que passou para controle privado neste ano. O acordo foi fechado com a Câmara de Conciliação de Precatórios da Procuradoria-Geral do Município de São Paulo.
A injeção de recursos fez as ações da Sabesp subirem mais de 1% na B3, ultrapassando R$ 92. Esse desempenho positivo ocorre em contraste com o Ibov, que teve uma leve queda de 0,06%.
Precatórios são títulos emitidos pela Justiça para pagamento de dívidas do poder público reconhecidas judicialmente. Eles surgem quando o poder público é condenado a pagar uma quantia em ação que já transitou em julgado.
Como o poder público não tem caixa para quitar todas as dívidas judiciais de uma vez, os precatórios entram numa fila de pagamento, que pode demorar anos para ser saldada.
Tarcísio garante que privatização da Sabesp não vai causar “apagão da água”
Em meio à polêmica que envolve a concessionária de energia Enel, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou na segunda-feira 21 que o Estado não irá sofrer um “apagão da água”. A Sabesp foi privatizada em julho deste ano.
“Não vai ter apagão da água”, disse o governador, durante evento. “Não tem nada a ver o contrato e a regulação. Se você pegar o contrato, é absolutamente diferente. O contrato é um contrato que incentiva investimento”.
Na ocasião, ele foi questionado pela imprensa se pretende modificar o contrato de privatização da Sabesp para evitar problemas como os da Enel, no atendimento da população do Estado.
O governador também disse que quem fala em “apagão da água” não entende como funciona o setor de saneamento, a regulação dos contratos por ativos ou o processo de privatização em si.
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