Inflação baixa e queda na atividade econômica são os principais fatores; caso o cenário se concretize, será a menor taxa básica de juros desde 1999
Conforme noticiou Oeste no último fim de semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve reduzir nesta quarta-feira, 6, a taxa básica de juros, hoje em 3,75%, para 3,25% ao ano. A decisão sairá por volta das 18 horas.
A expectativa de analistas do mercado financeiro é que a queda se concretize por causa do desaquecimento registrado na atividade econômica brasileira. Em consequência, uma inflação baixa. Será a menor Selic desde 1999.
Diante da pandemia de coronavírus, o Fundo Monetário Internacional estima que muitos países, entre eles o Brasil, apresentem queda de 3% no desempenho da economia neste ano, o pior desempenho desde a crise de 1929.
Impactos
A eventual redução da Selic terá efeito nas aplicações financeiras, a exemplo dos investimentos em renda fixa e da caderneta de poupança.
Nesse último caso, a regra atual de remuneração prevê que os rendimentos estarão atrelados aos juros básicos sempre que a Selic ficar abaixo de 8,5% ao ano.
Sendo assim, a correção anual das cadernetas estará limitada a um porcentual equivalente a 70% da Selic, mais a taxa referencial, calculada pelo Banco Central (BC).
Dessa forma, a regra vale para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012. Ademais, são grandes as chances de que os clientes de bancos possam usufruir de juros menores.
O que é a Selic?
De acordo com o BC, a Selic é a taxa básica de juros do país, cuja meta anual é determinada pelo Copom. Os juros são usados pelo banco como uma ferramenta para controlar a inflação.
A alta ou a queda dos juros, por exemplo, influencia o consumo das famílias e a tomada de crédito no país, em bancos e demais instituições financeiras que oferecem esse tipo de serviço à população.
Em suma, quando a inflação está alta, o Banco Central sobe os juros para reduzir o consumo e obriga os preços a cair. Quando a inflação está baixa, ocorre o oposto: queda dos juros para estimular o consumo.