Dados divulgados nesta quarta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o setor de serviços sofreu uma nova queda em março e voltou a operar abaixo do patamar registrado antes do início da pandemia de covid-19.
De acordo com o levantamento do instituto, o setor recuou 4% em março, na comparação com fevereiro deste ano. Esta é a maior queda mensal desde junho de 2020 (-5,5%). “O setor mostrava um movimento de recuperação desde junho do ano passado e chegou a superar o patamar pré-pandemia. Mas, com a queda em março, encontra-se 2,8% abaixo do volume de fevereiro do ano passado”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Leia mais: “SP amplia horário de comércio e serviços, mas prorroga fase de transição”
Na comparação com março do ano passado — primeiro mês da pandemia —, os serviços tiveram alta de 4,5%, após 12 taxas negativas consecutivas nesta base de comparação. No acumulado em 12 meses, a queda foi acentuada: 8%.
O recuo em março fez o setor interromper uma série de nove meses seguidos de taxas positivas. Até fevereiro, o crescimento acumulado foi de 24%, o que superou a contração de 18,6% registrada entre março e abril do ano passado.
Em março de 2021, segundo o IBGE, o setor de serviços operava 13,6% abaixo de seu ponto mais alto, alcançado em novembro de 2014.
Leia também: “‘Viramos zumbis empresariais. Estamos como mortos-vivos’, diz presidente de associação de bares e restaurantes”