O sócio-administrador da agência de viagens 123milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira, prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras. Ele falou ao colegiado na manhã desta quarta-feira, 6, e pediu desculpa pelo calote dado pela empresa.
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“Não há como deixar de nos desculparmos novamente com todos aqueles que foram prejudicados por um modelo de negócio que se mostrou equivocado”, disse Ramiro. “O que estamos a fazer agora, com toda a nossa dedicação e empenho ao nosso alcance, é buscar soluções.”
Empresa sob liderança de Ramiro, a 123milhas decidiu suspender, em agosto, os pacotes e a emissão de passagens de sua linha “Promo”. A medida afetou milhares de consumidores, que já haviam adquirido o serviço, e deflagrou crise que passou por demissões em massa e pedido de recuperação judicial.
Ramiro não será o único executivo da 123milhas a prestar depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras. O colegiado ainda deve ouvir o empresário Augusto Júlio Soares Madureira, também sócio-administrador da agência de viagens, e outras oito pessoas envolvidas no caso.
123milhas: crise antes do pedido de desculpa pelo calote
No dia 18 de agosto, a 123milhas anunciou a suspensão da emissão de passagens da linha promocional e o fornecimento de pacotes. Após o anúncio, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial. Aceita pelo Poder Judiciário, a medida suspendeu por 180 dias as ações e execuções contra a empresa.
Essa não é a primeira convocação dos sócios da 123milhas pela CPI das Pirâmides Financeiras. Na semana passada, os representantes da empresa foram convocados, mas não compareceram à comissão para a tomada do depoimento. Segundo os sócios, eles não poderiam comparecer, pois estavam em uma reunião com o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Em nota, Sabino disse que não sabia da convocação dos representantes e que não tinha a intenção de atrapalhar o depoimento ao colegiado, que ocorre na Câmara dos Deputados.
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