A empresa Southrock, holding que opera empresas de alimentos no Brasil, perdeu o direito de sobre a marca Starbucks. A rescisão do contrato de licença entre as empresas acelerou o pedido de recuperação judicial da Southrock.
Em 13 de outubro, a Starbucks encaminhou à holding o pedido para a rescisão do contrato de licença. O fim da parceria, contudo, foi sacramento apenas na última sexta-feira, 27.
A Starbucks decidiu pelo rompimento do contrato por causa da inadimplência da operadora com obrigações de licença, como pagamento de royalties.
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O rompimento ocorreu depois de a Southrock anunciar nesta terça-feira, 31, que entrou com pedido de recuperação judicial. Estima-se que a dívida da holding seja de R$ 1,8 bilhão. As informações do pedido de recuperação judicial constam no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Grupo Southrock afirma que Starbucks é seu maior ativo
A Southrock afirmou à Justiça que a operação da companhia norte-americana é seu maior ativo, com um faturamento anual de R$ 50 milhões. Portanto, na defesa da holding, a Starbucks é colocada como fator essencial na tentativa de escapar da falência.
Na recuperação judicial, o grupo brasileiro pediu para que a rescisão do contrato fosse suspensa até o término da mediação solicitada pela empresa internacional.
Atualmente, a Southrock tem 187 lojas com a marca Starbucks no Brasil. No caso do prosseguimento da rescisão, o grupo precisaria fechar as portas ou mudar de marca.
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Para tentar salvar o contrato com a cafeteria norte-americana, a Southrock esteve em busca de aporte financeiro, que seria feito por um eventual novo sócio.
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