Nenhum dos gastos temporários deverá se tornar permanente, “pois, se isso viesse a acontecer, esses novos programas concorreriam com o espaço fiscal de despesas já programadas para 2021”, que devem obedecer ao teto de gastos, afirma o Tesouro
O Tesouro Nacional estimou nesta quarta-feira, 29, que o setor público terá um rombo de R$ 600 bilhões neste ano.
O resultado negativo é consequência das medidas adotadas para enfrentar o coronavírus e da queda abrupta de receitas da União por conta da crise. O déficit equivale a 8% do Produto Interno Bruto (PIB).
A estimativa leva em consideração os programas de combate à crise já aprovados, novos programas ainda em análise e a revisão da receita esperada para 2020.
Em março, sem os efeitos da pandemia, as contas públicas fecharam com déficit de R$ 21,2 bilhões, o terceiro pior resultado da história. O impacto da crise será sentido majoritariamente em abril, maio e junho.
Para 2021, o governo prevê um rombo de R$ 150 bilhões.