A TNG, rede tradicional de moda, entrou com pedido de recuperação judicial, em São Paulo, na noite de sexta-feira, 21. Fundada há 37 anos, a empresa já havia sido afetada pela recessão nos anos de 2015 e 2016, mas os números da companhia pioraram devido à queda nas vendas após 2020.
A TNG chegou a faturar R$ 400 milhões por ano. Em 2020, a receita ficou em torno de R$ 150 milhões, tendo ocorrido queda de 30% nas vendas das lojas com mais de um ano de operação, conforme noticiado pelo jornal Valor Econômico. Desde o início da pandemia, a rede fechou 60 lojas, de quase 170 existentes em 2019. Cerca de 600 pessoas foram demitidas.
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O pedido de recuperação da marca foi feito depois que as tentativas de renegociação de dívidas, especialmente com shopping centers e bancos, não avançaram. O valor das dívidas está por volta de R$ 260 milhões.
“Do total de 400 dias [desde o início do fechamento das lojas com a pandemia] trabalhamos 200 dias. Como você trabalha assim? Impossível. Sabemos que precisamos de um, dois anos de fôlego, esse é o tempo de que preciso. Seis meses só não deu para nos recuperarmos. É uma reconstrução, um recomeço”, afirma o empresário Tito Bessa Jr, da TNG. A marca começou 2021 com um recuo de 25% a 30%.
Em três semanas, três marcas tradicionais — Le Postiche, varejista de bolsas, malas e mochilas, e Cavalera e TNG, de moda — solicitaram recuperação judicial. É o maior número de pedidos ocorridos em menos de um mês, desde o início da pandemia, no ano passado.
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crise lamentável! esperamos uma retomada econômica o mais breve!