O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira, 8, que o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, veio “um pouco melhor do que o esperado” em setembro. A variação foi de 1,16% no período, a maior para o mês desde o início do Plano Real, em 1994. Nos últimos 12 meses, o índice chegou aos dois dígitos (10,25%).
“O número de hoje, na verdade, veio um pouco melhor do que o esperado, mas pior do que nós pensávamos um mês atrás”, disse Campos Neto. Segundo o presidente do BC, setembro deve ter sido o pico da inflação do país neste ano.
Leia mais: “IPCA sobe em setembro e inflação chega a 10,25% em 12 meses”
De acordo com a mediana das expectativas do mercado, a inflação brasileira seria um pouco maior em setembro (10,3% em 12 meses). No relatório de inflação divulgado na semana passada, o BC projetava um índice de 10,2%. A instituição acredita que, ao longo dos próximos meses, o IPCA comece a cair e termine 2021 em 8,5%.
Leia também: “Juros continuarão subindo até que meta de inflação seja cumprida, diz Campos Neto”
“O Brasil teve um grande pulo quando você olha para 2021 e vai provavelmente piorar com o anúncio da alta nos preços de gasolina hoje”, completou Campos Neto, referindo-se ao reajuste nos preços da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras anunciado pela Petrobras nesta manhã.
Leia também: “Petrobras anuncia reajuste nos preços da gasolina e do gás de cozinha para distribuidoras”