Supermercados foram na contramão e tiveram alta de 14,6%
O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 13, que as vendas no varejo recuaram 2,5% em março de 2020 em comparação com fevereiro.
Em relação a março de 2019, o comércio varejista contraiu 1,2%. Foi a primeira queda após 11 meses consecutivos de variações positivas nesta comparação. 43,7% das empresas citaram o coronavírus como principal causa para a queda.
O varejo acumulou alta de 1,6% no ano e 2,1% nos últimos doze meses.
Já no varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas recuou 13,7% em relação a fevereiro.
Esta é a queda mais intensa desde o início da série, iniciada em fevereiro de 2003, contra a alta de 0,5% do mês anterior.
Em relação a março de 2019, o comércio varejista ampliado recuou 6,3%, primeira queda após 11 meses consecutivos de variações positivas.
Atividades pesquisadas
De acordo com o IBGE, seis das oito atividades pesquisadas registraram queda no volume de vendas do comércio varejista, sobretudo aquelas que tiveram lojas físicas fechadas em algumas cidades do país, a partir da segunda quinzena do mês.
Apresentaram resultados negativos:
- Tecidos, vestuário e calçados (-42,2%);
- Livros, jornais, revistas e papelaria (-36,1%);
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-27,4%);
- Móveis e eletrodomésticos (-25,9%);
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,2%);
- Combustíveis e lubrificantes (-12,5%).
Apresentaram resultados positivos:
- Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+14,6%);
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+1,3%).