Nesta terça-feira, 2, o jornal O Estado de S. Paulo publicou dois editoriais em que critica a gestão do governo Lula em dois assuntos distintos: as buscas pelos fugitivos de Mossoró e a relação do presidente petista com Nicolás Maduro, ditador da Venezuela.
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No primeiro editorial, o Estadão fala sobre as infrutíferas operações de procura empreendidas pelo Ministério da Justiça de Ricardo Lewandowski e do anúncio do ministro, feito na semana anterior, de que as buscas agora serão focadas em “ações de inteligência”.
“Assim, de nada adianta ter a tal ‘inteligência’ mencionada pelo ministro da Justiça se o governo não sabe o que fazer com ela”, diz o editorial. “Com governos negligentes, a fuga de dois meliantes do presídio de Mossoró teria acontecido mesmo que as informações sobre as fragilidades do local tivessem sido reunidas pela CIA ou pelo Mossad.”
Para as buscas em Mossoró, a pasta mobilizou cerca de 500 agentes federais, além do Corpo de Bombeiros e das Polícias Militares de cinco Estados: Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Paraíba e Goiás.
O editorial também ressalta que vários especialistas em segurança pública criticaram a forma como Lewandowski liderou as forças nacionais. Na visão destes, não houve uma coordenação central das atividades policiais, abrindo espaço para que decisões erráticas e conflitantes fossem tomadas por diferentes agentes em campo.
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Tais problemas podem ter sido determinantes para que os foragidos tivessem tempo para deixar o perímetro de buscas. De acordo com o Estadão, poucos acreditam que ambos ainda estejam no Rio Grande do Norte.
Para a publicação, é evidente que o governo petista optou pelo espetáculo midiático da mobilização de centenas de policiais para gerar a sensação de que estava fazendo algo, de modo a tentar remediar um “péssimo revés na gestão da segurança pública”, que classificou como a maior fragilidade da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“A bem da verdade, a grosseira falha de gestão diz menos sobre Lewandowski do que sobre seu chefe, pois é notório que o ministro jamais demonstrou ter perfil executivo, menos ainda perfil de comando no curso de uma operação que mobilizou tantas forças federais e estaduais”, afirma o Estadão. “De qualquer forma, a responsabilidade continua sendo do presidente da República, e se Lewandowski não é a pessoa certa, como hoje parece claro, que outro mais apetrechado lidere a tarefa. Enquanto isso, ao País resta torcer para que o governo, em algum momento, comece a fazer uso da inteligência que tem à sua disposição.”
O valor da ‘preocupação’ de Lula
O segundo editorial publicado pelo Estadão critica as supostas negativas de Lula em relação ao processo eleitoral da Venezuela, país comandado pelo ditador Nicolás Maduro, amigo do petista.
Na quarta-feira 27, depois do impedimento da candidatura da opositora Corina Yoris, o Itamaraty emitiu uma nota em que expressa “preocupação” com o pleito do país. No dia seguinte, foi a vez de Lula da Silva arranhar o tabu. Em entrevista coletiva, Lula se disse “surpreso”. “É grave”, declarou, “não tem explicação jurídica e política.”
“Se o governo anda ‘preocupado’ não é por ter se dado conta de que as eleições na Venezuela não são livres nem justas”, argumenta o Estadão. “O que talvez tenha deixado Lula “surpreso” é que agora o regime nem sequer se dá ao trabalho de salvar as aparências e maquiar o pleito como livre e justo.”
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Para o jornal, o Itamaraty foi duro ao condenar as sanções internacionais ao regime de Nicolás Maduro, mas suave ao condenar esse mesmo regime. “A rigor, nem sequer o condenou, reiterando sua crença de que seria possível fazer da eleição de julho, desde já injusta, ‘um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela’”.
O texto também ressalta que Caracas conseguiu sustentar o “jogo duplo” e pintou o Itamaraty como lacaio dos Estados Unidos, mas ainda assim agradeceu a Lula pelas “expressões de solidariedade” e pela condenação “às sanções que o governo dos EUA impôs ilegalmente”.
O Estadão acredita que a prova de que as intercorrências com a Venezuela fazem parte de um “jogo de cena” fabricado por mera conveniência político-eleitoral, que em nada altera a dogmática petista, é a nota de entusiasmo do PT com a eleição de Vladimir Putin.
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A expressão de apoio do partido foi seguida por um acordo de cooperação com o Partido Comunista de Cuba, os dois sustentáculos do Estado policial do “companheiro” Maduro.
“Nas eleições de 2013, Lula veio a público dar seu testemunho aos venezuelanos: “Maduro presidente é a Venezuela que Chávez sonhou”, acrescentou o jornal. “Sem dúvidas, o diabo é que esse sonho é um pesadelo para os quase 8 milhões de venezuelanos que fugiram do país, enquanto 90% dos que ficaram amargam a extrema pobreza, a violência arbitrária do regime e a absoluta falta de liberdade. Para essa realidade, Lula está muito longe de despertar.”
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Com relação ao fiasco de Mossoró, nada foi mais ridículo do que o pronunciamento do ministro da (in)justiça dizendo que a operação para a captura dos fugitivos já podia ser considerada “bem sucedida”.
E a tentativa tosca do presidente de declarar-se preocupado com a farsa que chamam de eleição na Venezuela não tem 1 mg de sinceridade, sendo apenas uma triste busca de recuperar parte da popularidade derretida.
Luladrão ficou bravo por maduro não ter feito igual aqui no Brasil; se unir com o que há de PIOR no Brasil, em se tratando de bandidos e pilantras, com políticos ladrões bandidos; com o Congresso Nacional com os bandidos Lira e Pacheco e também com a cereja podre que são STF, STJ, TSE e TCU
Nenhuma posiçao tomada por esse escroque representa o estadista que estamos por merecer. Chega de tanta presepada e jogo de palavras. Nem Lewandovsky nem Lula estao casados seja com a Ordem seja com o Progresso.