Depois que dois alunos tiveram as matrículas canceladas na Universidade de São Paulo por não serem considerados pardos pela comissão que atesta se uma pessoa é negra ou não, a Folha de S.Paulo e o Estadão manifestaram opinião contrária ao prosseguimento das cotas raciais para ingresso nas universidades.
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Em editoriais publicados na edição desta quinta-feira, 7, os jornais afirmam ser favoráveis às cotas sociais como único critério para ingresso no ensino superior. Desde que foram implantadas, em 2012, as cotas têm sido criticadas justamente por instituírem uma política racista, até então inexistente no país.
Recentemente, a Suprema Corte dos EUA considerou as cotas raciais inconstitucionais. No Brasil, Câmara e Senado aprovaram uma atualização da lei.
A recente rejeição dos estudantes que se autodeclararam pardos mostra o problema das cotas raciais. Aliás, neste ano, apenas a USP recebeu 200 recursos de candidatos que tiveram a matrícula negada pela banca avaliadora, e o problema é recorrente em outras universidades.
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Alguns grupos defendem a ideia de que apenas a autodeclaração (como a pessoa se vê) seria suficiente para garantir a vaga. Entretanto, esse critério gera distorção e possibilidade de fraude: pessoas não negras podem (e isso acontece) se declarar pardas ou negras para conseguir as vagas.
Para pôr fim à burla, o Supremo Tribunal Federal (STF) admitiu a heteroidentificação, ou seja, a comissão racial que decide, com base nas características físicas da pessoa, quem é e quem não é negro. “O tamanho do nariz ou a grossura do lábio — critérios supostamente objetivos usados pelos árbitros raciais das universidades — nada tem a ver com a capacidade dos candidatos”, ilustra O Estado de S. Paulo.
Essas comissões não eliminaram o problema. “Quaisquer decisões tomadas por bancas estarão envoltas pelo manto da subjetividade”, diz a Folha. “A precariedade das categorias é uma das razões pelas quais esta Folha defende que o sistema de cotas nas universidades, que combina critérios sociais com raciais, funcione apenas pelos sociais, que são objetivos e mensuráveis.” Isso porque “favorecer os mais pobres já significa contemplar negros e pardos”.
Estadão critica “tribunais raciais” implantados nas universidades
O Estadão lembra que o problema das cotas raciais decorre do fato de que a medida é equivocada desde o início e não tem amparo legal. “A questão de fundo no caso das tais ‘comissões de heteroidentificação’ é que elas não encontram amparo em lei alguma nem muito menos na Constituição. Trata-se, portanto, de evidente arbítrio, quando não uma normalização da discriminação racial a pretexto de fazer justiça social.”
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Por isso, o Estadão defende o ingresso no ensino público superior baseado exclusivamente no mérito intelectual dos candidatos. “Contudo, ninguém de boa-fé haverá de negar que existe uma abissal disparidade entre as condições de disputa por uma vaga nas universidades públicas entre os alunos oriundos da rede pública e os que provêm da rede particular. Esse desequilíbrio, porém, é determinado pela condição socioeconômica dos alunos. Os mais pobres dependem de uma rede de ensino sabidamente de pior qualidade. É tão simples quanto isso”, afirma o jornal.
O Estadão conclui que hoje, porém, “poucas e louváveis são as vozes que pregam nesse deserto, enquanto outros preferem seguir apostando na divisão racial dos brasileiros como ativo político-ideológico”.
Folha e Estadão estão começando a me surpreender, positivamente.
Finalmente chegamos à conclusão que a adoção de cotas raciais resulta no contrário do que se pretende: Dar a mesma oportunidade de educação para todos os cidadãos brasileiros, independente de raça, ideologia ou cor. O unico sistema socialmente defensavel e não discriminatorio é aquela que privilegia a meritocracia porque não é fato comprovado que pardos e negros sejam menos inteligentes ou capazes de que brancos ou amarelos. Esta na hora do ensino publico de qualidade deixar de ser publico e gratuíto para ser financiado pelas proprias familias de classe média ou alta como accntece nos paises desenvolvidos. A melhor forma de não discriminar “socialmente” pessoas pobres mas capazes é através da concessão de bolsas de estudo concedidas pelo criterio da renda familiar. Quanto mais pobre for a familia do estudante maior o “desconto” nas mensalidades podendo até mesmo chegar aos 100%. Ricos financiando pobres para que tenham a mesma oportunidade me parece ser a forma “capitalista” mais rapida para diminuir a desigualdade social.
As cotas são racistas, simples e direto. Se cria o racismo para combater o racismo.
O critério social de renda deve ser o único a ser utilizado para concessão das cotas , neste caso favorecendo os mais pobres, assim é feita justiça sem discriminação de raças sejam elas quais forem. E assim são dadas chances iguais para os mais pobres, independente se são negros, brancos ou qualquer outra raça.
Na minha visão cota racial é um absurdo, tem que ser eliminada mesmo, o quanto antes.
Banania
Pra que cotas se o atual des-governo continua cortando investimentos na educação e nas nossas faculdades ? Mas a ampliação da educação partidária socialista comunista está a todo o vapor. Os pais precisam exigir das escolas o que está inserida na programação anual das escolas, pq o objetivo é continuar construindo gerações socialistas prontas para a subserviência.
RETIRAR A MERITOCRACIA EM QUALQUER ATIVIDADE DE UMA SOCIEDADE QUE QUER CRESCER EH O COMEÇO DO SEU FIM, INFELIZMENTE NO NOSSO PAIS EH PIOR, PORQUE AINDA NEM SAIMOS AINDA DO FUNDO DO POÇO.
tem gente muuuuuuuuuuuuuuuuuuuito especializada no assunto. Mas, geralmente não são ouvidas nem tem espaço, nem pela imprensa de qualquer tendência. O núcleo central da questão não está nas declarações infames da USP nem do PT, nem da imprensa.
DEMOROU !
Até que enfim eles acordaram para o absurdo que é este racismo embrulhado em projeto social!
As cotas não deveriam existir , entra em universidade pública quem consegue competir e ganhar a vaga por mérito e não pela cor da pele.
aleluia.