O jornal norte-americano The New York Times publicou, nesta segunda-feira, 30, um editorial em que declara apoio a Kamala Harris nas eleições presidenciais de 2024. A candidata democrata concorre com o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano.
No texto, o conselho editorial do jornal argumenta que Kamala Harris é a candidata mais qualificada para ocupar o cargo de presidente dos Estados Unidos, em virtude de sua experiência como vice-presidente, senadora e procuradora-geral da Califórnia.
O editorial não poupou críticas a Trump, como as acusações criminais que pesam contra ele. O comportamento do ex-presidente, segundo o jornal, “ameaça a democracia”. O editorial enfatiza que, para o jornal, o republicano não demonstrou qualidades morais e temperamentais para exercer a Presidência.
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No entanto, o editorial também relembra aspectos da administração de Trump que, na visão do conselho editorial, trouxeram contribuições positivas. Entre os destaques mencionados estão o papel do ex-presidente no desenvolvimento da vacina contra a covid-19 e as iniciativas para reformar o sistema de justiça criminal, temas que foram tratados como prioridades durante seu mandato.
O texto reconhece que Trump conseguiu pautar o debate político ao questionar a globalização e ao conduzir discussões sobre as relações comerciais dos Estados Unidos, especialmente com a China.
Ao defender o apoio a Kamala Harris, o New York Times argumenta que, além de ser uma alternativa ao ex-presidente, a atual vice-presidente tem um histórico de serviço público que demonstra seu compromisso com a Constituição e com as instituições democráticas.
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O jornal reconhece que Kamala pode enfrentar resistência de eleitores insatisfeitos com o governo e com questões não resolvidas, como o sistema de imigração e os altos custos de habitação e saúde.
No entanto, o texto ressalta que Kamala detalhou suas propostas para enfrentar esses desafios, como políticas públicas que auxiliem as famílias norte-americanas e fortaleçam a economia do país.
Entre as propostas de Kamala Harris destacadas no editorial estão medidas para aumentar o acesso à saúde, reduzir o custo de vida, apoiar pequenas empresas e fortalecer o mercado imobiliário.
O New York Times também enfatiza a postura da vice-presidente em questões globais, como a continuidade de alianças com países democráticos e o enfrentamento das mudanças climáticas.
Em relação a Donald Trump, o jornal reitera suas preocupações sobre o que considera ser uma ameaça à democracia norte-americana caso o ex-presidente retorne ao cargo. O editorial lembra que, durante seu primeiro mandato, o republicano questionou os resultados das eleições de 2020 e foi acusado de tentar reverter o resultado, o que culminou na invasão do Capitólio.
Além disso, o texto menciona que Trump enfrenta acusações legais e destaca que muitos ex-colaboradores de seu governo, em especial seu ex-vice-presidente, Mike Pence, fizeram críticas ao seu comportamento e postura, em relação ao respeito às normas constitucionais.
Ao concluir o editorial, o The New York Times reafirma seu apoio a Kamala Harris como a candidata mais adequada para conduzir o país, ao argumentar que a eleição de 2024 não se trata apenas de uma escolha entre duas visões políticas, mas da defesa dos valores democráticos.
O jornal apela aos eleitores para que considerem as implicações de longo prazo de sua decisão, ao afirmar que o retorno de Trump ao poder representaria uma ameaça à estabilidade institucional e ao futuro da democracia nos Estados Unidos.
New York Times e a cultura do apoio pela imprensa
Nos Estados Unidos, há uma longa tradição de veículos de imprensa e mídia manifestarem suas preferências eleitorais durante campanhas presidenciais. É comum que jornais, revistas e até redes de televisão declarem abertamente apoio a um candidato ou partido.
A tradição remonta ao século 19, quando muitos jornais eram abertamente associados a partidos políticos, servindo como canais de propaganda para determinadas ideologias. Na época, os veículos frequentemente dependiam de subsídios governamentais, e seu viés refletia estas conexões.
Com o tempo, à medida que a imprensa se profissionalizou e as publicações buscaram maior credibilidade, surgiu um distanciamento das campanhas partidárias no noticiário cotidiano, mas a prática de endossar candidatos foi mantida, principalmente por meio dos editoriais.
Os editoriais são espaços reservados para a opinião do jornal, separados da cobertura jornalística factual. É neste contexto que muitos dos veículos mais respeitados dos EUA, como The New York Times, The Washington Post e Los Angeles Times, costumam expressar apoio público a um candidato durante as eleições.
Essas declarações de apoio geralmente ocorrem algumas semanas antes da votação e são baseadas em uma avaliação do histórico e das propostas dos candidatos, à luz dos valores que o veículo defende.
O The New York Times, por exemplo, tem uma longa história de endossos presidenciais, como na eleição de 2020, quando o jornal expressou seu apoio a Joe Biden, em oposição a Donald Trump.
Leia também: “Um democrata e um republicano unidos pela América”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na Edição 233 da Revista Oeste
Jornaleco sem credibilidade.
Qualquer instituição séria que apóie essa tranqueira corre o risco de ser extinto por falta de quem acredite mas no que digam. E será o fim da América como conhecemos.
Essa é a balela q a esquerda dos EUA inventou e fica batendo 24/7 de q Trump ameaça a democracia. O cara já ganhou eleição, assumiu e governou, depois concorreu de novo e perdeu, e mesmo reclamando muito dos votos q o outro lado teve pelos correios, foi embora e agora concorre legitimamente de novo. Não há nada de ameaça à democracia. O q há é um jornal de esquerda defendendo um seu, q este ano vem a ser a Kamala. Ela é a pior candidata. Sua capacidade intelectual é abaixo da média e suas propostas são extremamente esquerdistas para a América do Norte. Sem contar q ela faz parte do governo atual como a vice. Portanto, Kamala Harris tem parte de culpa sim em tudo q anda de mal a pior por lá.