O locutor esportivo Jota Júnior abriu processo contra o Grupo Globo na Justiça do Trabalho. De acordo com informação publicada pelo site Notícias da TV nesta quarta-feira, 14, ele cobra reconhecimento de direitos trabalhistas. Ao todo, o narrador pede indenização de R$ 15,8 milhões.
Jota Júnior trabalhou para o Grupo Globo, sobretudo para o canal esportivo Sportv, por 24 anos. O vínculo entre as partes chegou ao fim em março, quando ele acabou demitido.
Em boa parte do tempo em que trabalhou para o Sportv, o narrador atuou como pessoa jurídica, modelo conhecido pela sigla PJ. Segundo o que os advogados alegam na ação, sob os cuidados da 82ª Vara do Trabalho de São Paulo, o profissional permaneceu por 20 anos nessa condição, sendo contratado via Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o famoso registro na carteira, apenas em 2019.
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Para chegar ao valor de R$ 15,8 milhões, a equipe jurídica de José Francischangelis Júnior — nome completo do locutor esportivo, de 74 anos de idade — alega duas situações. Na primeira, cobra-se pelos tempos de PJ, com valores sobre férias e 13º salário. Outra alegação é que, no fim das contas, o profissional teve seu salário reduzido em cerca de 20% quando passou a trabalhar como CLT.
Jota Júnior e outras demissões recentes da Globo
O narrador Jota Júnior não foi o único a ser recentemente demitido do Grupo Globo. Somente no departamento de jornalismo esportivo, a empresa de comunicação demitiu os locutores Cléber Machado e Jaime Júnior, o comentarista Maurício Noriega e o repórter Régis Rösing.
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Todo mundo processando a rede globo… Será que “cola”???? Se o juiz aceitar, pode reduzir bastante esse valor.
E vai ganhar, ou melhor… Acordar um bom valor. Vínculo empregatício certo, só o fator de exigir horários (transmissão dos jogos é um dos exemplos) já se caracteriza o fato.
Todos esses processos trabalhistas, pra mim, mostram uma falha de caráter. Ora, uma relação de trabalho é uma relação voluntária, se para os dois lados, durante anos, foi conveniente o trabalho como PJ, por que esse questionamento agora, só depois do rompimento do contrato? É querer grana fácil.
Sim, por isso é necessário uma reforma trabalhista. Muitas empresas realizam manobras para escapar e acabam se lascando igual ou até pior posteriormente. E claro que o fator de “arrancar” grana é o principal objetivo, já que, não vai aparecer nunca mais por lá…