Há 4 anos a frente do Balanço Geral em Curitiba, Jasson Goulart foi demitido pela RIC logo depois de encerrar o telejornal nesta sexta-feira, 1º de março. Contratado para colocar a afiliada da Record na liderança de audiência no horário do almoço, o jornalista nunca chegou perto de alcançar seu objetivo, e estava há dois anos seguidos em terceiro lugar, atrás também da Rede Massa, parceira do SBT no Paraná.
A partir de segunda, 4, o telejornal passa a ser comandado por Matheus Furlan, dispensado pela matriz da Record em março de 2022. Furlan, que até então dava expediente na NDTV de Joinville, foi anunciado em comunicado interno da RIC como “líder de audiência por onde passou” — o que passa longe de ser uma verdade.
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O ex-apresentador do Balanço Geral Manhã de São Paulo, que foi tirado do cargo por conta justamente de seus pífios resultados de ibope, estreará na capital paranaense sem sequer ter feito testes para o posto. Sua chegada, no entanto, não é a única novidade preparada pela Record: Ricardo Vilches, repórter demitido depois de xingar uma vinheta de telejornal ao vivo, retorna ao canal depois de 4 anos na TV Evangelizar.
A demissão de Jasson Goulart foi recebida com perplexidade pela equipe da afiliada da Record: o jornalista, que trocou uma carreira sólida na RPC, parceira da Globo no Paraná, pela aventura como âncora na RIC, havia renovado o seu contrato com a emissora há apenas 7 meses, e tinha a promessa de que se aposentaria como funcionário do canal.
Âncora do Balanço Geral não sabia que seria demitido ao fim do jornal
Nesta sexta-feira, sem saber que seria demitido assim que encerrasse o Balanço Geral, ele encerrou o noticioso exibindo uma carta de telespectadores do programa, que falavam sobre gratidão — ele prometeu exibir a reportagem dos autores da carta na segunda. Em sua despedida, Jasson sinalizou várias vezes que voltaria ao ar na próxima semana.
“Semana que vem essa reportagem estará no ar. Obrigado a você que nos acompanhou em mais um Balanço Geral nessa semana toda, um excelente mês de março para todos. Que março seja um mês de saúde, alegria, e de muito sucesso para todos vocês. Amanhã tem Balanço Geral, a partir do meio-dia, e na segunda, às 11h50, eu e a doutora Márcia [Marcondes] estaremos aqui, se Deus quiser. Obrigado e tchau”, afirmou o âncora, que foi chamado para uma reunião minutos depois de se despedir.
Profissional experiente, Jasson Goulart era um dos principais nomes da RPC antes de se transferir para a RIC. O jornalista trabalhou na afiliada da Globo por mais de duas décadas, sendo um dos nomes mais populares do telejornalismo paranaense. Suas reportagens de verão, feitas nas praias do Paraná, eram sinônimo de alto ibope e de repercussão nas redes sociais. Na Record, porém, ele não conseguiu repetir o fenômeno de outrora.
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Os índices de audiência que o demitido Jasson Goulart tinha na RPC e por tal motivo foi contratado pela RIC, apenas mostra que a preferência no antigo horário era da própria emissora (RPC) e não do âncora. Tem apresentador de tevê que ainda acredita no “meu público”. Isto não existe. O exemplo mais recente foi o do Faustão. Só mesmo a pretensão de alguns ainda ´prevalece. O “meu público” do Jasson ficou chumbado na RPC. Quem tem público e o leva para onde quiser é o Bolsonaro. Nem o Lula tem o publico que imagina ter, sem o apoio de estranhas entidades que povoam o umbral brasiliense…
Se é que aprendi alguma coisa ao longo da vida profissional, estamos diante de um erro de estratégia de comunicação da própria emissora que pouco fez, além de contratar o apresentador da concorrência, para evoluir na audiência desejada.
Vai “flopar” mais uma vez…