O Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou o bloqueio do Fui Vazado, site que identificava se (e quais) informações pessoais foram comprometidas após o megavazamento de dados que expôs mais de 200 milhões de brasileiros. A ordem foi emitida e assinada pelo ministro Alexandre de Moraes na quarta-feira 3. Ontem, segunda-feira 8, o site ficou fora do ar e passou a exibir as mensagens “Acesso negado” e “Este site está usando um serviço de segurança para se proteger de ataques on-line”. A plataforma viralizou, mas seu próprio sistema de segurança foi questionado, uma vez que solicita informações pessoais.
Para o ministro do STF Alexandre de Moraes, “a comercialização de informações e dados privados e sigilosos de membros desta corte atinge diretamente a intimidade, privacidade e segurança pessoal de seus integrantes”. Ele também removeu do ar outros três sites “localizados em fóruns da deepweb” e determinou que as empresas de busca Google, Yahoo, Ask e Bing retirassem todos os resultados para as quatro plataformas. “Há, portanto, a necessidade de fazer cessar lesão ou ameaça de lesão a direito (art. 5º, XXXV, CF), visando interromper o incentivo à quebra da normalidade institucional, concretizado por meio da divulgação e comercialização de dados privados e sigilosos de autoridades”, disse Moraes.
Em entrevista realizada há algumas semanas, o criador do Fui Vazado garantiu que não tem os dados vazados, mas que encontrou um fórum com “amostras grátis” das informações à venda e, assim, conseguiu criar o site. Ele garante que as consultas não ficam registradas.
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Com informações de Exame
Considerando os fundamentos utilizados pelo ministro, como mostra a matéria, só importa os dados e a privacidade dele, de seus colegas e das demais “autoridades”. Os “cidadãos de segunda categoria” que se virem.