Há cerca de um mês, a invasão da Ucrânia pela Rússia parecia improvável. Analistas políticos internacionais não imaginavam que o Kremlin ordenaria bombardeios massivos em cidades como Luhansk, Donetsk, Carcóvia, Mariupol, Crimeia, Odessa e Kiev, a capital. Centenas de mísseis russos destruíram prédios residenciais, bases militares e infraestruturas.
Mas o que motivou a escalada militar do conflito? Segundo Gunther Rudzit, doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP) e professor de Relações Internacionais na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a resposta está em Moscou. Especificamente, em Vladimir Putin. “Durante os últimos dois anos, o presidente russo manteve contato apenas com um círculo pequeno de assessores, considerados nacionalistas e radicais”, explicou, em entrevista concedida a Oeste. “Analistas consideram que Putin tornou-se paranoico. Por isso, os governos ocidentais passaram a prestar atenção ao perfil psicológico de Putin, a fim de decifrá-lo.”
A seguir, os principais trechos da entrevista.
A expectativa era que a Rússia não levasse adiante uma invasão em larga escala. O que fez esse cenário mudar?
Analistas europeus consideram que Putin tornou-se paranoico, de certa maneira. Durante os últimos dois anos, o presidente russo manteve contato apenas com um círculo pequeno de assessores, considerados nacionalistas e radicais. Moscou é administrada de forma autoritária; então, a figura do líder tem papel gigantesco na tomada de decisão. Em regimes democráticos, os presidentes e primeiros-ministros precisam de autorização do Congresso para declarar guerra. Na Rússia, por sua vez, o Parlamento é um anexo do Kremlin. Por isso, os governos ocidentais passaram a prestar atenção ao perfil psicológico de Putin, a fim de decifrá-lo.
Ao considerarmos a situação atual, o senhor entende que a Rússia conseguirá anexar todo o território ucraniano?
A Ucrânia é um pouco maior que Minas Gerais, com população equivalente ao Estado de São Paulo. Ou seja, não é um país pequeno. Para ocupar militarmente uma nação desse tamanho, seriam necessários cerca de 700 mil soldados. Atualmente, o Exército da Rússia possui 900 mil. Isso mostra a dificuldade que Putin terá em Kiev. Além disso, a população ucraniana mostrou não aceitar a invasão. Os militares russos não foram recebidos como libertadores. Isso ficou claro. O Kremlin não imaginava tamanha resistência. Ao mesmo tempo, os países ocidentais continuarão a oferecer armas e equipamentos para os combatentes ucranianos.
Quais foram os possíveis erros de cálculo do Exército da Rússia?
O problema é similar ao que aconteceu na Guerra das Falklands. A ditadura argentina, comandada por um grupo fechado de políticos, resolveu enfrentar a Inglaterra. Esses políticos adotaram uma visão de grupo — imaginaram que estavam certos e descartaram as ideias externas. Aparentemente, ocorreu a mesma situação com a Rússia. O Kremlin avaliou que a estrutura militar e o governo da Ucrânia seriam desintegrados entre 24 e 48 horas.
Diplomatas russos e ucranianos se encontraram quatro vezes para conversar sobre eventual cessar-fogo. Qual a chance de firmarem algum acordo de paz?
As reuniões servem para ganhar tempo. A Rússia quer se reestruturar, visto que sua estratégia se mostrou falha. O Kremlin ignorou um princípio básico de uso da força: concentração de poder, de maneira a penetrar no território do oponente e destruí-lo. A Rússia decidiu avançar em três linhas [norte, sul e leste], o que provocou a fragmentação dos soldados. A Ucrânia, por sua vez, quer ganhar tempo para receber os equipamentos militares da União Europeia.
Essa mudança de estratégia pode alterar o cenário do conflito?
Sim. Os ucranianos receberam milhares de Stingers — mísseis capazes de fazer um estrago gigantesco. A Rússia, por outro lado, pretende cercar as cidades ucranianas com seus tanques. Essa estratégia é similar àquela escolhida pelo Kremlin durante a invasão da Chechênia, em 1998. O Exército da Rússia cercou a capital do país, Grózni, e ordenou que os rebeldes deixassem imediatamente a região. A cidade foi bombardeada até virar escombros. Ninguém sabe exatamente quantas pessoas morreram naquele episódio. Então, quando Moscou ordena que a população ucraniana deixe Kiev, é algo sério.
“A Rússia é um leopardo que matou um porco-espinho e está tentando engoli-lo”
A Rússia pretende dominar outros países do Leste Europeu?
O objetivo dos russos é apenas controlar a Ucrânia e instalar um governo pró-Moscou no país. Putin sabe que, se invadir a Polônia ou outra nação da Otan, provocará uma guerra nuclear. Caso isso aconteça, será o fim da “Mãe Rússia”. E Putin quer proteger seu país, seus interesses e sua população. Ele ainda tem o mínimo de instinto de sobrevivência. O Kremlin pode destruir as Forças Armadas da Ucrânia e bombardear as cidades do país, mas não será capaz de controlá-lo. A Rússia é um leopardo que matou um porco-espinho e está tentando engoli-lo. Não conseguirá.
Em termos geopolíticos, quais foram os equívocos de Putin?
O Kremlin subestimou a unidade ocidental e, principalmente, seus empresários. Depois da invasão da Georgia, em 2008, e da Crimeia, em 2014, as sanções que foram impostas à Rússia não abalaram profundamente a economia do país. Desta vez, contudo, as retaliações são gigantescas. O rublo está derretendo, as empresas estão vendendo seus ativos. O maior símbolo dessa série de sanções é o posicionamento da Suíça, que decidiu congelar os bens russos. Os suíços adotaram uma postura neutra durante a Segunda Guerra, não bloquearam nem os ativos dos nazistas. O país, reconhecido por receber dinheiro suspeito do mundo inteiro, resolveu abrir mão da riqueza dos russos.
As sanções podem dissuadir Putin da ideia de controlar a Ucrânia?
Essa é a pergunta de US$ 1 trilhão. Os governos ocidentais estão tentando entender as motivações de Putin. Ao que tudo indica, o ex-agente da KGB não pretende recuar. Outro cenário possível é Putin controlar a parte leste da Ucrânia e instalar um governo pró-Moscou na região. Porém, seu fantoche não conseguiria governar. De qualquer forma, os cenários não são bons para o futuro dos ucranianos.
Leia também: “Devagar, malfeito e complicado”, reportagem de capa publicada na Edição 102 da Revista Oeste
Creio que está mais para um sonho que para uma análise.
É fato a resistência ucraniana.
É fato as pesadas sanções.
É fato fato o envio de equipamentos militares, entretanto, são equipamentos leves que não dão capacidade ofensiva aos ucranianos. Sem ofensiva não há vitória!
Oeste, eu assino a revista para que eu possa ter uma informação decente. Este analista é indecentemente mentiroso, totalmente parcial, ou seja, não é analista,. Não consegui ler até o final.
Então, o doutor diz: Putin é o menino maluquinho que só ouve a sua turma de brigões russos. Agora, Papai Ocidente, até com Dona Suíça, cortará a mesada do menino. Tudo se resolverá. Tá ruço…
Conversa para. Boi dormir. A Europa continua pagando 700 milhões de euros por dia para a Rússia. O Japão também anunciou que não vai parar de importar petróleo russo. Sobrou para o McDonald’s…
Mais um especialista em merda nenhuma! Formado na Uspintão, apoiado pelo racista do bem, já trabalhou no UrinOL e tem cara de um molecão desajeitado. Agora é só comentar na Globoceta, diretamente da Fuderj.
O ocidente começou a mostrar a cara que realmente tem. A cara dos “progressinhos” que são governados por oligarcas ocidentais afetados “limpinhos” e “cheirosos” tipo Gates, Zuckerberg, Bezos, Soros, Lemman, Credit Suisse, Fauci, etc. Usam Biden, Macron, Trudeau, Jacinda e agora o comediante Zelensky. Usam esses fantoches para cancelar quem esses oligarcas não gostam. Não acaba bem.
Nenhum analista demonstrou ter captado q Putin invadiria!
Difícil q identifiquem o q fará!
Esse Gunther Rudzit é um dos “especialistas da Globonews” muito convocado pelo então jornalista global William Waack de onde foi demitido por uma acusação de racismo pelos fanáticos colegas globais. Tudo uma cambada de comunista caviar. Porém ele não leva em conta, algo fundamental que é a resiliência (rápida capacidade de adaptação) dos russos coisa que as tropas da Wehrmacht se ferraram durante a segunda guerra mundial na Operação Barbarossa, porém, devo admitir que as circunstâncias da época eram outras (eles chamavam de Grande Guerra Patriótica) que mobilizou toda sua população. Aí a coisa muda de figura.
Fonte ?UOL?
“Durante os últimos dois anos, o presidente russo manteve contato apenas com um círculo pequeno de assessores, considerados nacionalistas e radicais” é sério isso ?
Trás um cara totalmente parcial ! UOL está com inveja de vcs . Cancelando a minha assinatura assim q vencer .
A Rússia sozinha lutando contra todo um sistema corrupto e falido ! Os laboratórios vcs clandestinos são ilusões, armamentos dos EUA e da Europa chegando como se fosse água, e a Rússia lutando contra vcs imprensa e os mercenários e os neozistas sozinha e ainda acham q ela está perdendo a guerra ou o que ? Vcs nunca saíram de uma redação, para pegar os Boys nas esquinas.
Os laboratórios clandestinos são ilusões.
ESSES ANALISTAS DEVIAM SER COZINHEIROS GOURMET.OFERECENDO UM PRATO REQUINTADO SEM SABOR NENHUM E DIFÍCIL DE ENGOLIR !!
Que ladainha da porr…..a , vcs não estão escrevendo para analfabetos .