Assemelhando-se a um longo vestido que deixa à mostra apenas a cabeça, o pescoço, as mãos e os pés, a abaya é um típica vestimenta islâmica feminina.
Embora tradicionalmente preta, há versões com detalhes coloridos.
É comum, também, observar o uso do hijab, lenço ou véu das mulheres muçulmanas, junto com a abaya, conforme determina o islã.
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Abaya em debate
A abaya se tornou alvo de debate recentemente, depois que o ministro da Educação francês, Gabriel Attal, proibiu seu uso — e de seu correspondente masculino, o qamis — nas instituições de ensino.
O ministro anunciou a medida na última terça-feira, 27, como um instrumento de respeito ao princípio da laicidade na educação. Na segunda-feira 4, os estudantes franceses voltaram às aulas já com a nova regra em rigor.
O governo francês comunicou que, dos 12 milhões de estudantes que retornaram das férias, 298 chegaram às entidades educacionais contrariando a diretriz.
Depois de dialogar com funcionários dos estabelecimentos, que foram incumbidos pelo governo de explicar as razões para sua vigência, apenas 67 se recusaram a retirar a peça. Eles foram enviados para casa com uma carta do ministro da Educação. Caso esses estudantes não se adequem, serão submetidos a um processo disciplinar.
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A proibição faz parte de um histórico de restrições ao uso de vestimentas islâmicas. Em 2004 e em 2010, respectivamente, proibiram-se trajes que demonstrem ostensivamente filiação religiosa e o véu por completo.
Na sexta-feira 1º, a Associação Ação pelos Direitos Muçulmanos entrou com uma medida provisória perante o Conselho de Estado para suspender a proibição, sob acusação de que constitui uma discriminação racial e sexista e de que é um atentado aos direitos das crianças.
Além disso, a associação alegou que é preciso estabelecer um definição precisa para a abaya. Na terça 5 aconteceu a reunião do conselho, que deve proferir sua decisão dentro do prazo de 48 horas.
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A França é um país Laico. Com escolas Laicas.
E ponto final…!