O advogado Rudy Giuliani, ex-conselheiro do ex-presidente Donald Trump, foi convocado a depor no dia 8 de fevereiro sobre o caso que investiga a invasão ao Capitólio, ocorrida em janeiro de 2021.
O comitê do Congresso dos Estados Unidos também chamou os advogados Sidney Powell, Jenna Ellis e Boris Epshteyn.
“Os quatro indivíduos que intimamos difundiram teorias não fundamentadas sobre fraude eleitoral, fizeram esforços para anular os resultados das eleições ou estavam em contato direto com o ex-presidente sobre tentativas de interromper a contagem de votos”, afirmou o deputado democrata Bennie Thompson, presidente do comitê, em um comunicado.
Robert Costello, advogado de Giuliani, disse em uma entrevista que a intimação era um “teatro político” e que seu cliente estava protegido pelas doutrinas legais, em termos de sigilo advogado-cliente. “Acho que não há nada aqui que ele possa testemunhar”, declarou Costello.
O comitê investiga as circunstâncias do ataque ao Parlamento e se Trump e membros de seu círculo íntimo ajudaram a encorajá-lo.
A rede de TV CNN informou ontem que o comitê intimou e obteve registros de números de telefone associados a um dos filhos de Trump, Eric Trump, bem como de Kimberly Guilfoyle, que está noiva de Donald Trump Jr.
O comitê pretende divulgar um relatório provisório no início do segundo semestre. O documento definitivo deve ficar pronto até o fim deste ano.
Em artigo publicado na edição 47 da Revista Oeste, Ana Paula Henkel destaca que contra Trump, “a única acusação é que ele teria incitado o motim. Seu propósito ao provocar a insurreição seria contestar os resultados das eleições de 2020. Mas, objetivamente, as ações de Trump não atendem à definição legal de incitamento, tampouco insurreição”.