A Alemanha vai nacionalizar a Uniper, uma das maiores empresas de importação de energia da Europa, que é controlada pela finlandesa Fortum. Em anúncio na quarta-feira 21, o governo alemão disse que assumiria a participação de 99% da companhia e injetaria o equivalente a US$ 8 bilhões (R$ 40 bilhões).
É mais uma das medidas da Alemanha para enfrentar a crise energética gerada pela queda no fornecimento de gás natural pela Rússia. Com as sanções impostas pela Europa, em razão da invasão da Ucrânia, o governo de Vladimir Putin reduziu consideravelmente o fornecimento de gás e, por fim, em setembro, suspendeu por tempo indeterminado o abastecimento de gás pelo Nord Stream 1, o principal gasoduto para a Europa.
A Uniper era a maior importadora alemã de gás natural russo e sofreu pesadas perdas financeiras com a política russa. Acabou sendo obrigada a comprar gás em um mercado onde os preços bateram recordes nos últimos meses.
Com a nacionalização da Uniper, a Alemanha está se movendo para salvar uma empresa sistemicamente importante enquanto a Europa corre para se afastar de sua dependência de décadas das exportações russas de combustíveis fósseis. “Este passo se tornou necessário porque a situação piorou significativamente”, disse Robert Habeck, ministro da Economia da Alemanha. “O Estado fará todo o necessário para manter as empresas sistemicamente importantes na Alemanha estáveis em todos os momentos.”
Depois do anúncio, na quarta-feira, as ações da Uniper caíram cerca de 30%, mas as ações da Fortum subiram cerca de 9%. Apesar da descrença do mercado, analistas dizem ser improvável que a nacionalização termine com a Uniper. Autoridades alemãs dizem que estão elaborando planos para assumir o controle e reforçar as participações em empresas locais da Rosneft, petrolífera estatal russa, que inclui a PCK Raffinerie GmbH, uma refinaria que fornece quase todos os derivados de petróleo usados em Berlim e região.
Na semana passada, o governo alemão assumiu o controle das três refinarias da Rosneft.
Analistas dizem que outras empresas de energia e de outros setores também poderão precisar de resgate do governo, já que a crise econômica, com inflação descontrolada e aumento dos preços da energia, não tem um fim à vista. “Não podemos descartar novas nacionalizações na Alemanha e em outros lugares”, disseram economistas do Citi Research, de acordo com reportagem do jornal norte-americano The Wall Street Journal.
Este mês, a VNG, outra grande importadora alemã de gás russo, também buscou ajuda do governo para evitar mais perdas.
O presidente-executivo da Uniper, Klaus-Dieter Maubach, disse na quarta-feira que com a decisão do governo alemão a empresa pode continuar suas operações.
O sindicato alemão Verdi saudou a decisão, dizendo que “a aquisição pelo governo federal é necessária para garantir a segurança do abastecimento e é do interesse dos funcionários”.
Atualmente, a Alemanha importa a maior parte de seu gás da Noruega, Holanda e Bélgica, incluindo importações diretas e entregas de gás natural liquefeito de mais longe. A Alemanha está planejando lançar novos terminais de gás natural liquefeito que permitiriam importar gás diretamente dos EUA e de outros fornecedores no Oriente Médio.
A Europa não entendeu uma coisa, os recursos do planeta são escassos, ele não se pode dar o luxo de escolher onde comprar energia
Lula tem acenado com várias propostas de cunho esquerdista radical em 2022, tais como revisão de privatizações, descontrole de gastos públicos, aumento de impostos volta da CPMF, libertação de bandidos, apoio financeiro a Cuba e Venezuela, perseguição a membros da Operação Lava Jato e partidos de oposição (direita), banimento de jornais e emissoras de oposição e maior abertura da economia brasileira ao capital chinês, inclusive à colaboração militar.
Em termos geopolíticos, Lula presidente afasta o Brasil dos EUA e nos aproxima da China e da Rússia, que têm interesse em colocar mais bases militares na América do Sul, Atlântico Sul e Pacífico.
Lula não pode ser eleito e, caso seja eleito, deve-se providenciar alguma maneira de impedi-lo de assumir.
É a politica da esquerda, aumentar o tamanho do estado.
O grande problema da Alemanha é que ela continua sob ocupação dos EUA e por conta disso a OTAN manda nos governos europeus do continente.
Estão colhendo o que plantaram. Bem feito
Não escutaram o Trump lá atrás quando ele advertia que estavam dependendo demais do gás da Rússia e agora o resultado está aí.
Contas de luz nas alturas e indústrias migrando para os EUA além do risco de um inverno sem aquecimento adequado.