A revista alemã Spiegel conseguiu acesso ao irmão do líder da oposição russa Alexei Navalny, que está preso há um ano na colônia penal IK-2, na cidade de Prokrov, 100 quilômetros a leste de Moscou. Navalny despertou a fúria de Vladimir Putin ao divulgar um documentário sobre o palácio que está sendo construído pelo ditador à beira do Mar Negro.
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Segundo a matéria da Spiegel, Navalny tem um contato diário com seus advogados na prisão. Mas sua vida é perturbada pelas autoridades carcerárias para que ele se abale psicologicamente — o que não aconteceu até agora.
É estritamente proibido a qualquer prisioneiro conversar com Alexei Navalni. Quando ele começou uma greve de fome, o cheiro da comida foi propositadamente espalhado por toda a prisão. Um prisioneiro que supostamente tinha tuberculose foi colocado ao seu lado e tossia o dia inteiro.
Outro prisioneiro foi instalado perto da sua cama, que gemia e arfava durante a noite e até se masturbava sem disfarçar. Um grosseiro vídeo sugerindo que Navalny fazia sexo com outro homem foi transmitido no sistema interno de TV. Homossexualismo é um tabu nas prisões russas.
Depois de uma tentativa de assassinato por envenenamento em 2020, Navalny decidiu voltar à Rússia esperando que seu gesto incentivasse uma revolta da população contra o cada vez mais autoritário e corrupto presidente Putin. O cálculo não deu certo — a oposição foi destruída e agora Putin ameaça a estabilidade mundial com a provável invasão da vizinha Ucrânia.
Cada vez mais podemos ter certeza de que nossa união, nossas aparições nas ruas em protesto contra a espoliação é a nossa maior aliada.
Igual ao que o stf faz no Brasil