Uma equipe de arqueólogos e estudantes da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, descobriu as mais antigas imagens conhecidas das heroínas bíblicas Débora e Jael. Os mosaicos, de quase 1,6 mil anos, foram encontrados em uma sinagoga bizantina na antiga vila judaica de Hukok, na Galileia, região ao norte de Israel.
As relíquias foram descobertas pela primeira vez em 2012. As escavações, contudo, levaram oito anos para ocorrer e precisaram ser paralisadas por causa da pandemia de covid-19. Com o fim das restrições, os arqueólogos voltaram ao trabalho, que se concentrou no sudoeste da sinagoga, construída no fim do século 4 e 5 d.C.
A equipe do projeto escavou o piso da sinagoga, onde encontrou um grande painel. Um dos mosaicos retrata um episódio do quarto capítulo do Livro dos Juízes, do Antigo Testamento da Bíblia cristã. A imagem mostra a vitória das forças israelitas, lideradas pela profeta Débora, sobre o exército cananeu, liderado pelo general Sísera. De acordo com o texto religioso, depois da batalha, Sísera se refugiou na tenda de uma mulher chamada Jael, que o matou com uma estaca enquanto ele dormia.
Outro mosaico mostra Débora sob uma palmeira, olhando para Baraque, o comandante militar de seu exército. Abaixo desse registro, foi inserido uma imagem de Sísera morto no chão, enquanto Jael crava uma estaca em sua cabeça.
“Esta é a primeira representação desse episódio e a primeira vez que vimos uma representação das heroínas bíblicas Débora e Jael na arte judaica antiga”, observou Jodi Magness, professora da Universidade da Carolina do Norte que comandou o projeto.