Um tribunal de Riad, capital da Arábia Saudita, confirmou a sentença condenatória de Loujain al-Hathloul, preeminente ativista dos direitos das mulheres, anunciou sua irmã nesta quarta-feira, 10. Hathloul havia sido libertada no mês passado, após quase três anos em detenção, e esperava reverter a condenação. Ela foi acusada de promover agendas estrangeiras, entre elas as de Reino Unido, Holanda e União Europeia (UE). Hoje com 31 anos, a ativista foi presa em maio de 2018, junto com uma dezena de outras mulheres, enquanto dirigia um carro. O ato desafiava a legislação de décadas na Arábia Saudita que proibia mulheres no volante. Três semanas depois de sua detenção, o país suspendeu a proibição.
Em dezembro de 2020, um juiz condenou Hathloul a cinco anos e oito meses de prisão após considerá-la culpada de violar a lei saudita antiterrorismo. Ela era acusada de violar a segurança nacional e manter contatos com governos estrangeiros na tentativa de mudar o sistema político do país. Na época do veredicto, ela já havia passado mais de dois anos sob custódia enquanto aguardava o julgamento. A ativista também fez campanha para acabar com o sistema de tutela masculina do reino saudita, que exige que as mulheres obtenham o consentimento de um parente do sexo masculino para decisões importantes. Flexibilizaram-se algumas regras, mas o sistema ainda não foi removido. As informações são do DW.
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