De acordo com o anúncio, peregrinação a Meca será limitada a mil muçulmanos que vivem no país; em 2019, 2,5 milhões de muçulmanos estiveram na cidade considerada sagrada
O governo da Arábia Saudita anunciou que vai permitir que mil muçulmanos que vivem no país possam realizar a peregrinação a Meca, a cidade mais sagrada para o Islã. O anúncio foi feito pelas autoridades do reino nesta terça-feira e está ligado às medidas de combate ao coronavírus.
“Os peregrinos serão quase mil, talvez um pouco mais, um pouco menos. O número não chegará a 10 mil ou 100 mil”, afirmou em uma entrevista coletiva Mohammed Benten, ministro para o Hajj, como é conhecida a peregrinação a Meca, informa o portal G1.
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Em 2019, cerca de 2,5 milhões de muçulmanos de todo o mundo participaram da peregrinação na Arábia Saudita, conforme divulgou o governo do país. Desde a fundação do reino árabe, em 1932, em nenhum ano houve cancelamento da peregrinação.
Conforme a tradição islâmica, o Hajj deve ser realizado em um período do ano que começa no fim de junho. Para cumprir o último dos chamados cinco pilares do islamismo, todo muçulmano precisa fazer a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida, caso tenha condições financeiras e de saúde.
Coronavírus no reino saudita
De acordo com dados divulgados pelo governo da Arábia Saudita, o país foi o mais afetado pela pandemia do coronavírus na região da Península Arábica. O país teve 161 mil casos confirmados de covid-19 e 1.307 mortos.
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Na semana passada, o país relaxou algumas das duras medidas de confinamento impostas pelo governo. O toque de recolher, em vigor havia três meses, foi retirado.
As mesquitas de Meca, o centro da fé islâmica, reabriram neste domingo após quatro meses fechadas como medida para tentar conter a contaminação por coronavírus no país.