O governo da Argentina se irritou com a presença do vice-presidente iraniano para Assuntos Econômicos, Mohsen Rezai, na posse do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega. O alto funcionário é acusado de envolvimento com o atentado a um centro judaico em Buenos Aires, que aconteceu em 1994 e deixou 85 mortos.
Na terça-feira 11, dia seguinte à posse de Ortega, o Ministério das Relações Exteriores e Comércio Internacional da Argentina informou que a presença do vice-presidente foi “uma afronta à Justiça argentina e às vítimas do brutal ataque terrorista”.
Para o secretário de Relações Internacionais da Oposição do país, Fulvio Pompeo, o governo também teve sua parcela de culpa no evento. Para Pompeo, a presença do embaixador argentino, Daniel Capitanich, validou uma possível parceria entre o país com ditadores e violadores de direitos humanos.
Rezai, ex-líder da Guarda Revolucionária Paramilitar do Irã, é procurado pela Argentina em um aviso vermelho da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). O vice-presidente e o governo do Irã negam terem participado da tragédia.
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