Uma equipe de astrônomos coletou o maior conjunto de observações sobre as estrelas mais antigas no centro da Via Láctea. A descoberta foi anunciada no site do Encontro Nacional de Astronomia, na terça-feira 4.
Responsáveis pelos achados, pesquisadores do Levantamento de Galáxias Interiores Prístinas (Pigs) disseram que esses astros giram lentamente em torno do centro da galáxia, apesar de sua natureza caótica.
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Os especialistas informam que, quanto mais velhas são as estrelas, mais caóticos são seus movimentos. Apesar disso, essas formações demonstraram um tipo de rotação média, voltada ao centro orbital.
Como a descoberta dessas estrelas antigas pode ajudar os estudiosos
De acordo com as observações, algumas dessas estrelas surgiram no primeiro bilhão de anos depois do big bang. A descoberta pode ajudar os cientistas a terem “novos entendimentos” sobre o espaço.
“Os dados disponíveis para esses objetos antigos estão crescendo rapidamente”, disse o cientista Anke Arentsen, um dos envolvidos na pesquisa.
“É emocionante pensar que estamos vendo estrelas que se formaram nas primeiras fases da Via Láctea. São relíquias que guardam segredos do Universo primitivo”, acrescentou.
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Como as estrelas estavam localizadas em uma região bem densa, os astrônomos usaram um filtro de imagem especial no Telescópio Canadá-França-Havaí. A ferramenta conseguiu identificar as estrelas mais antigas a partir de sua composição química, abundante em hidrogênio e hélio.
Depois de selecionados, os astros foram observados pela espectroscopia do Telescópio Anglo-Australiano. Então, os cientistas combinaram os dados àqueles da missão espacial Gaia, cujo objetivo era verificar como essas estrelas antigas se movem pela Via Láctea.