Uma barata, inteiramente preservada, foi encontrada dentro de um livro que não era aberto desde o século 18, na Inglaterra. O documento estava sendo analisado por pesquisadores, quando se depararam com o inseto.
“Foi inesperado”, disse Oliver Finnegan, especialista do Arquivo Nacional, ao jornal The Guardian na quarta-feira 15. “A barata é maior do que parece nas fotos. O livro provavelmente não foi aberto ou examinado desde o século 18.”
O documento, que vai ser digitalizado, inclui informações de um navio negreiro francês, cartas não entregues, diários de bordo e contas de 35 mil navios usados em quase 15 guerras entre 1652 e 1817.
Segundo Finnegan, trata-se de uma barata americana, popularmente conhecida como “barata de navio”. O inseto é nativo da África, mas foi levado para outros continentes devido ao tráfico humano nos navios de escravos.
A barata estava tão preservada que, inclusive, foi possível identificar que era do sexo masculino. O trajeto do inseto começou na cidade de La Rochelle, na França, em 1743, de onde partiu o navio negreiro, e seguiu para a Guiné (na África).
A fim de retornar à França, a tripulação embarcou em outro navio levando o livro consigo. Porém, a embarcação foi apreendida por ladrões e enviada para a cidade de Plymouth, na Inglaterra.
“Quando o livro foi fechado, um clima perfeito foi criado para preservação do inseto”, afirmou Natalie Brown, gerente sênior de conservação do Arquivo Nacional. “Demos o nome de Peri para ele.” Agora, a barata está exposta ao público no Arquivo Nacional da Inglaterra.
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Que barato!