Uma overdose de fentanil matou Nicholas Dominici, um bebê de 1 ano, na sexta-feira 15. Ele estava em um centro para crianças, numa espécie de creche, instalado em um apartamento, em Nova York. O local recebia crianças de até 12 anos.
A polícia acredita que o contato de Nicholas com a droga tenha acontecido através de um tapete, utilizado para a hora do cochilo dos menores. Pelo menos outras três crianças, entre 8 meses e 2 anos, estavam na “creche” e foram internadas no hospital depois de serem expostas ao narcótico.
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Duas pessoas foram presas pela morte do bebê: a responsável pelas crianças, Grei Mendez, e um homem que alugava um quarto dela na casa, Carlisto Acevedo Brito. Eles são acusados por conspiração e assassinato.
Droga que causou overdose é encontrada no tapete
Durante a revista do local, a polícia encontrou um quilo de fentanil armazenado em cima dos tapetes de cochilo usados por crianças que frequentavam o apartamento. Uma prensa para drogas também foi confiscada no quarto alugado por Carlisto.
A defesa de Grei, proprietária da creche, afirma que ela entrou em pânico depois de encontrar as crianças doente. Ela só falou com o marido por dez segundos, antes de ligar para a polícia.
“Simplesmente nos tornamos tão confusos como sociedade”, disse o prefeito de Nova York, Eric Adams, durante um discurso. “Precisamos nos recompor. Não sei o que há de errado conosco. Tínhamos fentanil em uma local para crianças.”
Grei Mendez e Carlisto Acevedo podem ser condenados à prisão perpétua.
Cerca de 300 pessoas morreram de overdose de fentanil nos EUA
De acordo com a BBC, em 2023, as overdoses por fentanil mataram 300 pessoas por dia. A droga é um opioide sintético 50 vezes mais poderoso que a heroína. O narcótico é um produto farmacêutico que pode ser prescrito por médicos para tratar dores intensas.
Em 2010, menos de dez pessoas morreram por dia em decorrência de overdose ligadas ao fentanil. Naquela época, as mortes eram causadas principalmente pelo uso de heroína ou opioides prescritos por profissionais de saúde.
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Será que esses caras colocavam a droga nos tapetes de cochilo das crianças para ficarem mais quietinhas e não “encherem o saco” e erraram na quantidade? No mundo progressista de hoje, parece que vale tudo.
Faz sentido.