O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de criminoso de guerra e pediu aos Estados-membros da ONU, nesta quarta-feira, 2, que condenem a invasão russa na Ucrânia.
“O que já vimos do regime de Vladimir Putin, no uso de munições contra civis inocentes, já se qualifica como crime de guerra”, disse Boris Johnson. Ele falou na Câmara dos Comuns, em Londres, na presença do embaixador ucraniano, Vadym Prystaïko, e foi aplaudido de pé pelos deputados.
O Reino Unido adverte há dias que Putin e seus comandantes podem ser processados pelo Tribunal Penal Internacional de Haia. O órgão julga crimes internacionais e já recebeu pedidos para a abertura desse processo.
Antes de uma votação na Assembleia Geral da ONU, na tarde desta quarta-feira em Nova Iorque, Johnson solicitou a retirada das tropas russas.
“A Assembleia Geral da ONU votará hoje, e pedimos a todas as nações que se unam a nós para condenar a Rússia e exigir de Putin que leve seus tanques de volta para casa”, enfatizou.
“Se, em vez disso, Putin redobrar os esforços, continuaremos aumentando a pressão econômica”, concluiu Johnson.
A votação
Após o término da votação que aconteceu hoje na ONU, foi aprovada uma resolução que condena a Rússia pela invasão da Ucrânia. O Brasil foi um dos 141 países que votaram a favor, contra 35 abstenções. Nas redes sociais, Johnson comemorou:
Today’s historic vote marks a moment where the contrast between right and wrong has rarely been so stark.
141 countries have voted to condemn Putin’s war.
Russia must withdraw from Ukraine. Putin must fail. pic.twitter.com/CG11NZLf0P
— Boris Johnson (@BorisJohnson) March 2, 2022